Contra-ataque de Moro é mais um martírio para o PT: O ‘fantasma de Celso Daniel’

01/04/2016 às 17:24 Ler na área do assinante

Moro efetivamente não baixa a guarda... A 27ª fase da Operação Lava Jato mexe com um dos maiores temores do Partido dos Trabalhadores.

Alguns cadáveres já foram feitos para que esta história não venha à tona.

Para não permitir que o crime fosse desvendado, inúmeras pessoas foram assassinadas, ou tiveram mortes extremamente suspeitas.

O inquérito policial realizado em torno do caso é de uma insana mediocridade. A conclusão da polícia na época foi de que criminosos sequestraram Celso Daniel por engano.

O então prefeito de Santo André teria sido confundido com uma outra pessoa, um comerciante, que seria o verdadeiro alvo do sequestro. Esse comerciante nunca apareceu.

Um menor de idade 'confessou' ter sido o autor dos disparos e oficialmente o caso foi encerrado na polícia.

Após a ‘fantástica’ elucidação do crime realizada pela polícia, sete pessoas, com algum envolvimento nos fatos, morreram assassinadas ou em situações extremamente suspeitas.

Um sujeito que foi preso, de nome Dionísio Severo, ameaçou contar tudo o que sabia sobre o caso. Morreu na cadeia, dois dias após a ameaça. Seu comparsa, conhecido como Sergio 'Orelha', também foi morto. Um investigador de polícia de nome Otávio Mercier, ligado a Dionísio Severo, levou dois tiros dentro de casa.

O garçom Antonio Palácio de Oliveira, que serviu a mesa onde Celso Daniel jantou, momentos antes de sua morte, também morreu assassinado, com ele foram encontrados documentos falsos e um depósito suspeito de R$ 60 mil em sua conta corrente.

A única testemunha da morte do garçom, Paulo Henrique Brito, vinte dias depois, também foi assassinado.

Na série de homicídios de pessoas com alguma ligação com o caso, chegou a vez do agente funerário Ivan Moraes Rédua. Ele levou dois tiros pelas costas. Tinha sido o primeiro a reconhecer o corpo de Celso Daniel, ainda jogado na estrada, e a chamar a polícia. 

A última morte da série, atingiu o médico-legista Carlos Delmonte Printes, que examinou o cadáver de Celso Daniel. Ele dizia que o ex-prefeito de Santo André foi brutalmente torturado antes de ser assassinado. Estranhamente, o laudo oficial sobre a morte do legista concluiu que ele cometeu suicídio.

Bruno Daniel, irmão de Celso, mora na França como asilado político. Ele já acusou Gilberto Carvalho, chefe do Gabinete Pessoal de Lula na Presidência da República, de nada ter feito para esclarecer o crime, insinuando a sua participação.

O caso agora pode ter um novo desfecho, o verdadeiro.

da Redação

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