A trapaça da esquerda com a "estratégia das tesouras"
02/11/2020 às 18:03 Ler na área do assinanteÉ preciso que se faça um passeio na história para que se encontre os reais motivos do atoleiro moral, político, social e econômico em que foi metido o Brasil pelos governos e pela política de esquerda que comandaram o país de 1985 até 2016 (com Sarney, Collor/Itamar, FHC, Lula e Dilma), em substituição ao Regime Militar, que havia sido implantado em 31 de março de 1964.
Os trapaceiros políticos da esquerda que se apropriaram do país após 1985 foram buscar inspiração para se manter no poder por longo tempo lá nos Séculos 18 e 19, na filosofia dialética de Hegel (1770-1883), que por seu turno influenciou Karl Marx (1818-1883).
Para Hegel, ”toda ideia (tesis) pode ser contestada através de uma ideia contrária, a ‘antítese”.
´Segundo o pensador, é na disputa entre a ideia e antítese que se configura a dialética. Enquanto Hegel afirmava que o mundo era movimentado pelas ideias, a dialética de Marx atribuía essa “movimentação” à luta de classes e às relações de produção. Por isso, enquanto a dialética hegeliana ficava restrita ao plano das ideias, Marx transportava a dialética para o mundo real. Hegel dizia que não era possível criar um movimento histórico linear, e que seria preciso estimular duas forças políticas em disputa, e controlar as duas, ao mesmo tempo, o que chamava de “mecanismo dialético”.
As dialéticas de Hegel e Marx acabaram gerando o que foi chamado de “estratégia (ou política) das tesouras”, usada com maestria pelo russo Vladimir “Lenin”, líder bolchevique, que chefiou com mãos de ferro a Rússia nos primeiros anos após a tomada do poder pela Revolução de Outubro de 1917, ou seja, até 1924. É de se presumir, portanto, que a “estratégia das tesouras” de Hegel, Marx e Lenin já tivesse sido utilizada em face dos dois grandes grupos revolucionários que buscavam implantar o comunismo na Rússia, de um lado os “mencheviques”, e de outro os “bolcheviques”.
Embora esses dois grupos disputassem a primazia “revolucionária” entre si, o objetivo era comum, o mesmo, ou seja, a derrubada do regime dos Czares, a tomada do poder na Rússia, e a implantação, primeiro nesse país, depois no mundo, das ideias concebidas por Karl Marx, o grande teórico do socialismo/comunismo.
Igual a primatas que não têm ideias próprias, mas que são oportunistas e espertos o suficiente para “copiar” e “adotar” ideias proveitosas alheias, de outros, alguns políticos brasileiros foram beber “sabedoria” política nas filosofias dialéticas de Hegel, Marx e Lenin, adotando à plenitude a “estratégia das tesouras”, e conseguindo implantar no Brasil uma prisão ideológica, alternando no poder dois partidos políticos que, igual a lâminas de uma tesoura, só aparentemente se opondo uma à outra, na verdade têm o mesmo objeto.
A política das tesouras “tupiniquim” acabou se tornando realidade na cidade de Princeton, Estados Unidos, em 1993,através do então chamado “Pacto de Princeton”, acertado por representante do PSDB, Fernando Henrique Cardoso, e Luiz Inácio Lula da Silva, pelo Partido dos Trabalhadores, o primeiro em nome do “Diálogo Interamericano”, e o segundo em nome do “Foro San Pablo”, uma organização clandestina e marginal que busca implementar o socialismo na América Latina, fundado em 1990 por Fidel Castro e Lula.
Desse “pacto” restou a tomada do poder no Brasil pela esquerda, utilizando duas caras iguais na mesma “moeda”, a partir de 1995, dois anos após o “Pacto de Princeton”. Um deles o PT, o partido esquerdista “radical”; o outro, o PMDB, o partido de esquerda “moderado” - ”na aparência” um partido de “centro”, com traços da socialdemocracia, da democracia cristã e do liberalismo econômico e social - porém ambos seguindo a mesma agenda política da esquerda.
É por essa razão que desde 1985, até 2016 (ou 2018, se incluirmos o Governo Temer), PSDB e PT, o partido esquerdista moderado, e o partido esquerdista radical, revezaram-se no poder, implementando no país a mesma agenda comunista, eliminando a direita do jogo político.
Nesse período a democracia brasileira passou a ser uma discussão meramente da esquerda. Os “inconvenientes foram “incorporados”, ou eliminados. O povo totalmente marginalizado, excluído, só sendo lembrado nas “promessas” e nos dias de eleições para escolher um ou outro.
O “balanço” da era PSDB/PT, da “política das tesouras”, deixou um saldo dramático para o povo brasileiro. Para início de conversa, os esquerdistas e seus comparsas ladrões ”assaltaram” os cofres públicos em quantia estimada em 10 trilhões de reais (o PIB brasileiro é de 7,3 trilhões). Essas “tesouras” deram aos bancos fantásticos lucros como em nenhum outro lugar do mundo, daí a explicação para a corrida dos maiores bancos do mundo colocarem agências no Brasil.
Enquanto isso, serviço público foi “inchado”, e os privilégios da casta dominante reforçados. As privatizações acabaram se transformando em oligopólios. Nessa maldita política, a classe média desceu alguns degraus da pirâmide social, sendo totalmente marginalizada.
Os impostos foram “às nuvens”, num verdadeiro terrorismo tributário, tornado-se os mais elevados do mundo, na relação “cobrança-retorno”, porém fazendo “fundos” para a roubalheira e sustentação da folha de pagamentos dos marajás do serviço público, inigualável no mundo.
Além disso incentivaram o abortismo, a ideologia de gênero e a propaganda comunista nas escolas e universidades. Também incrementaram a libertinagem sexual, mutilaram a cultura brasileira, os valores da família e judaico-cristãos, marginalizando os pequenos empresários. Aparelharam o Estado, as leis, o serviço público, a Igreja e as instituições públicas e privadas. Criminosos e terroristas foram privilegiados, inclusive com a proteção da Corte de Justiça maior do país, o STF. A liberação das drogas e do narcotráfico chegaram a patamares nunca vistos.
A população foi desarmada, ficando refém da criminalidade.
Nos dias das eleições, só havia, com viabilidade eleitoral, duas opções: a tesoura radical e a moderada, o PT, ou o PSDB.
A vitória presidencial de Jair Bolsonaro nas eleições de outubro de 2018 de certo modo surpreendeu a esquerda, que até hoje não se conformou com essa derrota. Mas apesar dos esforços do novo Presidente para acabar com a corrupção no governo federal, o “aparelhamento” que a esquerda deixou nas leis e no Estado está dificultando essa iniciativa. Quase tudo depende de novas leis. Mas a competência para aprovar leis é do Poder Legislativo, que continua dominado pela esquerda, com a proteção e até conluio do STF.
Se os brasileiros não se conscientizarem sobre os reais culpados da trágica situação hoje vivida, e novamente entregarem o poder à esquerda nas eleições que se avizinham, inclusive na presidencial de 2022, estarão com certeza fazendo jus ao enquadramento preconizado por Nelson Rodrigues, no sentido de que “A MAIOR DESGRAÇA DA DEMOCRACIA É QUE ELA TRAZ À TONA A FORÇA NUMÉRICA DOS IDIOTAS QUE SÃO A MAIORIA DA HUMANIDADE”.
Os Estados Unidos estão na mesma situação do Brasil. O próximo dia 3 de novembro será decisivo, entre Trump e Biden. Se Trump na verdade não chegou a ser nenhuma “maravilha”, e por isso quiserem se “livrar” dele, com certeza a alternativa “Biden”, apoiado pela unanimidade de todas as esquerdas mundiais, será muito pior, em poucas palavras, uma “tragédia” para o povo americano, que acabará entregando todas as suas riquezas, construídas através dos séculos, aos comunistas parasitas que jamais construíram algo de positivo por onde passaram, e só “produzem” discursos.
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Sérgio Alves de Oliveira
Advogado, sociólogo, pósgraduado em Sociologia PUC/RS, ex-advogado da antiga CRT, ex-advogado da Auxiliadora Predial S/A ex-Presidente da Fundação CRT e da Associação Gaúcha de Entidades Fechadas de Previdência Privada, Presidente do Partido da República Farroupilha PRF (sem registro).