O Primeiro-Ministro da Inglaterra, Boris Johnson, disse que o país vai “ficar em casa” até dezembro, em um novo lockdown, por causa do vírus.
Sobre o assunto, disse ele:
“Agora é o momento de adotar ações porque não há alternativa”, e que o coronavírus está se espalhando "ainda mais rápido do que no pior cenário dos assessores científicos".
Disse, também:
“Nenhum primeiro-ministro responsável poderia ignorar os números sombrios. A menos que ajamos, podemos ver mortes neste país chegarem a vários milhares por dia".
Quando os romanos, comandados por Caio Julio Cesar, desembarcaram na ilha da Bretanha no século I a.C. para conquistá-la, encontraram forte resistência da população local, que não se furtou a lutar e enfrentar os invasores. Os romanos tiveram que ir embora, e retornaram algumas décadas após, no reinado do Imperador Claudio, para, aí sim, conseguirem dobrar aquele povo.
Depois, alguns séculos mais tarde, após o desmoronamento do mundo romano, vieram os vikings/nórdicos tentar instalar uma colônia na ilha da Bretanha. Foram recebidos com forte resistência, em sangrentas guerras que duraram anos e anos, e tiveram que se retirar.
Vários séculos à frente, já na era moderna, os alemães, nos anos 1940, tentaram invadir a ilha, sob o comando do “führer” Herr Hitler, mas nunca conseguiram, limitando suas ações a bombardeios aéreos, que apesar de causarem danos eram abafados pelo sistema de vigilância instalado pelo governo do Primeiro-Ministro Winston Churchill.
Agora, um ser microscópico, de baixíssima letalidade, consegue enfim pôr a Inglaterra de joelhos e deixar toda a população trancada em suas casas, com medo do perigo exterior.
Fica a dúvida: foi o povo inglês que mudou, nesse tempo, ou foi o mundo?
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Guillermo Federico Piacesi Ramos
Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).