Aécio Neves e a vacina obrigatória: Oportunismo, covardia e hipocrisia!
29/10/2020 às 08:33 Ler na área do assinanteFalar dos processos de toda ordem que recaem sobre os ombros do ex-senador, hoje deputado federal, Aécio Neves, é chover no molhado.
Em silêncio há tempos, ocupado pelo vazio que tomou conta do seu mandato, vem novamente mostrar todo o mau-caratismo que compõe sua execrável figura pública.
Nesta terça-feira, 27 de outubro, o roto deputado protocolou um projeto de lei (5040/2020) que prevê penalidades a quem se recusar a tomar a vacina.
Confira:
Propõe as penalidades conforme a Lei 4737 de 1965, como segue descrito:
I - inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-se ou empossar-se neles;
II - receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, autárquico ou para estatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição;
III - participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos Estados, dos Territórios, do Distrito Federal ou dos Municípios, ou das respectivas autarquias;
IV - obter empréstimos nas autarquias, sociedades de economia mista, caixas econômicas federais ou estaduais, nos institutos e caixas de previdência social, bem como em qualquer estabelecimento de crédito mantido pelo governo, ou de cuja administração este participe, e com essas entidades celebrar contratos; (Vide Medida Provisória nº 958, de 2020) (Vide Lei nº 13.999, de 2020) (Vide Medida Provisória nº 975, de 2020).
V - obter passaporte ou carteira de identidade;
VI - renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo;
VII - praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda.
O deputado, em sua justificação, faz suas considerações, e na simples leitura já nos deixa estarrecido. Basta citar este parágrafo:
“Quem recusar-se à vacinação estará agindo da mesma maneira que aquele que se recusa a participar das eleições. ...”
Além de sua conhecida conduta, sempre duvidosa, faz uma comparação ao cidadão brasileiro que nos parece mais uma ofensa.
Cabe a pergunta, sem maiores pretensões... estaria esse cara com seus miolos derretidos?
O PL está no aguardo de despacho do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia... Ops!!! Ai, ai, ai... O que dará essa mistura de duas tralhas?
EM TEMPO:
O STF já recebeu 4 ações que vão discutir o tema, como se segue.
PCdoB, PSol, PT, PSB e Cidadania
Ação que quer obrigar o presidente da República a proceder com atos administrativos para aquisição das vacinas e medicamentos aprovados pela ANVISA.
Rede
Pede que o governo apresente um plano de vacinação.
PDT
Requer que o STF dê autonomia a estados e municípios para que estes determinem a realização compulsória da vacinação.
PTB
Evoca a regra da Lei 13.979/2020 conferindo ao Estado a competência para determinar a realização compulsória de vacinação e adotar outras medidas profiláticas no combate à pandemia seja declarada inconstitucional.
O PTB também fez um requerimento solicitando que o STF determine uma audiência pública para discutir a vacinação obrigatória, com convite para Dra Nise Yamuguchi.
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Alexandre Siqueira
Jornalista independente - Colunista Jornal da Cidade Online - Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo..., da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Visite:
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