Prefeito de Santos, ardoroso adepto do "Fique em Casa", é filmado sem máscara, bebendo e sambando (veja o vídeo)

28/10/2020 às 10:34 Ler na área do assinante

Foto Reprodução/Internet - Prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa

Não tem melhor remédio contra a Convid do que uma campanha eleitoral. Prova disso é o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), flagrado sem máscara e distribuindo abraços num evento de samba, conforme vídeo publicado no site do Jornal A Tribuna, nesta última terça-feira, 27/10.

Antes da campanha: fique em casa, a economia a gente vê depois. Na campanha: dá aqui um abraço, a pandemia a gente vê depois da eleição.

É verdade que ele não é candidato, mas está empenhado em eleger seu sucessor, Rogério Santos, que foi seu chefe de gabinete.

Sinceramente, não vejo problema nele sair para curtir um samba. Problema foi ele paralisar a cidade, fechar o comércio e prejudicar os empregos, fechar a praia e colocar grades no calçadão, espalhar carros de som com mensagens “fique em casa”, estilo campo de concentração, aumentando o pânico.

Foi problema também ele reduzir frota de ônibus e aglomerar trabalhadores de serviços essenciais; reabrir comércio com horários ridículos e sem lógica, concentrando pessoas.

Foi problema, na ocasião da reabertura, enxotar pessoas da praia intimidando-as com as sirenes das viaturas da guarda municipal. Uma tremenda falta de respeito.

E foi problema também a falta de transparência nos gastos do combate à pandemia, aprovada pela maioria dos vereadores.

Por essas e outras, se você, tal com ele, quer ir ao samba, não vejo problema. Mas pode ser problema se você quiser eleger o candidato tucano e vereadores da base dele, que apoiaram tudo que PSDB quer, até a falta de transparência.

Não tenho nada pessoal contra o prefeito, nem contra os vereadores. Nem sequer sou contra reeleição ou acho que que tudo que é novo é melhor, mas acho que Santos precisa de uma boa dose de renovação na política.

Lembre-se: quando passar a eleição, acaba a lua de mel. Já se fala em “segunda onda” de covid, vacina obrigatória ou restrições legais a quem não quiser tomar uma vacina feitas às pressas. Quem estará te representando quando isso acontecer? Pense bem. Analise com cuidado o histórico do se candidato.

Confira: