O sofrimento e a realidade das cidades eminentemente turísticas em tempos de pandemia
13/10/2020 às 08:47 Ler na área do assinanteDepois de mais de duzentos dias de pandemia, com todos os decretos, portarias, e decisões de fechamento de tudo, será que dá para imaginar a ginga que precisa fazer e o que passa na cabeça de um prefeito, cuja economia está somente pautada no turismo?
Pois é esta a realidade de Balneário Camboriú, uma cidade com cerca de 130 mil habitantes fixos e uma população oscilante de cerca de 4 milhões de pessoas na temporada, em tempos normais, ou seja, entre os meses de dezembro e fevereiro.
A única indústria do município é o turismo. Não tem fábricas, área rural, ou produção rural. Só tem a indústria do turismo. Falhando esse, não tem nada. De sorte que o glamour é tanto, que, mesmo com a pandemia, a cidade não parou e não para. Embora, a pandemia tenha ceifado centenas de estabelecimentos, que não aguentaram e sucumbiram.
Em contato com o prefeito, Fabrício Oliveira, este, se diz otimista pelo que a cidade conseguiu realizar, mesmo com o imprevisto da pandemia, além dos projetos previstos para o futuro da cidade.
Após umas três semanas de tempo carrancudo, este final de semana foi um dos mais lindos e lotados. Tanto a praia está cheia, quanto os restaurantes, todos. Ah, os hotéis, como por norma somente podem usar sessenta por cento das vagas, tiveram que dispensar muitos hospedes, por não poder recebê-los.
Uma demonstração de que não tem coronavírus que abala a cidade de Balneário Camboriú.
Outras provas são a praia e os restaurantes cheios, todos.
Alguns, até com seis ou mais pessoas em cada mesa.
Outro detalhe: “como dizem que quando acabar o dinheiro a ser roubado, as ‘autoridades’, decretarão que não tem mais coronavírus,” já prevendo isso, como que magicamente, os ocupantes das praias e restaurantes de Balneário Camboriú, na proporção de mais ou menos cinquenta por cento não usam mais máscaras.
É a roda da economia girando, apesar dos freios impostos, ou por determinações legais, imprevistas, como é o caso do coronavírus, ou outras, ainda.
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Jacó Carlos Diel
Filósofo, jornalista e bacharel em Direito.