Novo Ministro da Justiça, inábil e exercendo o cargo ilegalmente, bate de frente com a PF
20/03/2016 às 08:51 Ler na área do assinanteEugênio Aragão é membro do Ministério Público Federal, ou seja, a rigor também não poderia assumir o cargo, pelo mesmo motivo que ensejou o afastamento de Wellington César Lima e Silva.
A Constituição proíbe que promotores e procuradores ocupem cargos em outros poderes, mesmo estando licenciados.
Para Aragão, no entanto, na análise do governo, a lei não vale, porque ele entrou no MP antes da Constituição de 1988.
Um absurdo. A determinação constitucional é que, no tocante às vedações aos integrantes do MP, eles devem obedecer ao que diz a Constituição em vigor. Uma dessas vedações é justamente ser nomeado para um posto no Executivo.
Procuradores e promotores poderiam optar pelo regime anterior à promulgação da Carta apenas quanto a benefícios e vantagens da sua carreira.
Entretanto, o que se vê é a absoluta incompetência e a teimosia de caminhar à margem da lei.
E o tal ministro já assumiu batendo de frente com a Polícia Federal. Um ato de absoluta insanidade.
Eugênio Aragão, disse, em entrevista ao jornal ‘Folha de São Paulo’ publicada neste sábado (19), que não vai tolerar vazamentos de investigações e disse que, se “cheirar” vazamento por um agente, a equipe inteira será trocada, sem a necessidade de ter prova.
Outro absurdo. O Ministro da Justiça, em sua primeira declaração no cargo que ora exerce ferindo a Constituição, diz claramente que vai cometer injustiça.
"Cheirou vazamento de investigação por um agente nosso, a equipe será trocada, toda. Não preciso ter prova. A Polícia Federal está sob nossa supervisão", disse Aragão.
Vai se dar mal. Com certeza.
da Redação
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