Descobriram o “Polaco”... Será verdade?
18/09/2020 às 09:14 Ler na área do assinanteMarcelo Odebrecht revelou quem era a figura conhecida como “Polaco” em um e-mail onde tratava de um processo de interesse da Odebrecht, em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Polaco” era como se referiam ao ministro Ricardo Lewandowski, os executivos da empresa.
Segundo Marcelo, a Odebrecht tentou se aproximar de Lewandowski, por meio de um petista estrelado, mas não obteve êxito.
Eis um trecho do que disse o empreiteiro:
“A gente sempre tentou ou especulou que o Lewandowski poderia ajudar a gente em vários temas, porque todo mundo sabe que se tem uma pessoa que é próxima do Lula, dos ministros (do STF), é o Lewandowski. Na nossa avaliação o Lewandowski era até mais próximo do Lula do que o próprio Dias Toffoli. Mas nunca…”, diz Marcelo. “Mas vocês tentaram alguma coisa?”, indaga um dos procuradores. “Não. Não com o Lewandowski. O que se dizia era que o padrinho do Lewandowski, a pessoa da relação dele, era o Luiz Marinho (ex-ministro, ex-prefeito de São Bernardo do Campo e amigo de Lula). Então nós tivemos ‘n’ contatos, eu não pessoalmente, mas o nosso pessoal teve ‘n’ contatos com o Luiz Marinho… Alexandrino (Alexandrino Alencar, ex-executivo da empreiteira) principalmente… para falar sobre essa questão do Lewandowski, para várias coisas. Mas eu nunca soube que nada andou. Eu nunca soube, assim, de nenhuma conversa de fato com o Lewandowski. Um investigador faz a ressalva: “E não foi identificado nada. Que fique bem claro”. Marcelo, então, volta a mencionar a tentativa de aproximação e diz acreditar que o objetivo não foi atingido. “A gente sempre especulava que o Lewandowski poderia ajudar, mas nunca acho que a gente conseguiu chegar nisso.”
A Odebrecht tentou, mas não conseguiu...
A Revista Crusoé, que revelou o fato, faz uma observação importante:
“O mais impressionante dessa passagem do depoimento é a naturalidade com que o delator mais famoso da Lava Jato fala de uma tentativa da empresa que comandava de se aproximar de um juiz da Suprema Corte.”
Fonte: Revista Crusoé