O risco latente: Todo poder emana de quem controla as urnas eletrônicas

16/09/2020 às 10:02 Ler na área do assinante

Nesta segunda-feira, dia 14, o ministro relator Gilmar Mendes, considerou inconstitucional o dispositivo da mini reforma eleitoral aprovado em 2015 pelo congresso nacional, que previa a impressão do registro de voto eletrônico.

Assim, o STF formou maioria e a impressão do voto não será utilizada. O mais impressionante é que, dada a gravidade do problema, isso ainda não teve a repercussão esperada na sociedade.

Nenhum sistema eletrônico é infalível.

É pura ilusão para os leigos e malícia para os que conhecem como a informática funciona, acreditar ou afirmar que o voto eletrônico é infalível ou seguro. Melhor do que discutir sobre as justificativas que embasaram a decisão do STF, é entender as consequências que a impossibilidade de auditamento podem trazer.

O ditador sanguinário soviético Joseph Stalin já dizia: “quem vota e como vota não conta nada; quem conta os votos é que realmente importa".

Isso significa que, mostrar que as urnas são seguras no processo de apuração, para o cidadão comum, não faz a menor diferença.

Num sistema governamental ideologicamente aparelhado, é perfeitamente viável manipular as decisões de uma sociedade de maneira a justificar os resultados manipulados nas urnas, desde que todos os eventos estejam em conformidade entre si a fim de passar uma impressão de coerência factual para as massas que não estão atualizadas dos eventos políticos e dissuadir os incrédulos que ousam discordar do que está acontecendo.

É só lembrar o que fizeram contra o então candidato Aécio Neves quando disputou as eleições em 2014 contra a então presidente Dilma Rousseff; os gigantescos protestos contra a corrupção ocorridos no ano anterior já demonstravam sua impopularidade perante o eleitor. No entanto, houve uma massiva propaganda em prol da presidente, alegando que ela estava tomando as medidas contra a corrupção ao mesmo tempo que tentavam atacar a reputação de Aécio Neves.

Pronto, foi criado o ambiente perfeito para manipular os resultados nas urnas. A apuração então ocorreu sob sérias desconfianças e a vitória foi dada para Dilma com uma mínima diferença de votos.

O mesmo ocorreu com o então candidato Bolsonaro no primeiro turno das eleições de 2018.

Apesar da latente impopularidade de Fernando Haddad foi obscurecida pela massiva propaganda de desinformação e manipulação que justificou sua presença no segundo turno. O fato só não foi consumado porque já havia uma gigantesca desconfiança de manipulação das apurações naquele ano, fora as várias denuncias de fraudes em urnas viciadas, além do acompanhamento de perto dos militares e a inquestionável popularidade de Bolsonaro que iriam revelar a fraude caso o projeto fosse dado a intento.

Agora com a impossibilidade dos votos serem auditados, somado a isso às constantes manipulações midiáticas contra o presidente e ambos os poderes legislativo e judiciário trabalhando para derrubá-lo, o cenário fica então perfeito para uma nova tentativa de manipulação das apurações, dessa vez pra valer, de maneira a mudar todo esse cenário contra a esquerda.

Se a sociedade não se mobilizar massivamente contra esses intentos da esquerda travestidos de oficialidade institucional, iremos cair na rede esquerdista que está nos apertando a cada nova investida do STF. À exemplo do peixe na rede do pescador, não vai adiantar nada espernear quando o cerco se fechar, pois por mais que o peixe seja grande e forte, ele não aguentará muito tempo fora d’água e o povo não terá forças para lutar contra um sistema cuja rede está bem aparelhada e muito apertada, dura de se romper.

Alan Lopes

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