Foi Karl Marx que escreveu, no seu livro Manifesto Comunista, sobre as relações humanas que “tudo que é sólido e estável se desmancha no ar”. As nossas relações sociais tradicionais se tornam antiquadas, o que era sagrado agora é profanado – uma subversão contínua – disse ele. Esta é a essência do marxismo: a mutação, a metamorfose.
A constante mudança da esquerda dificulta o diagnóstico, confunde nossa percepção. Temos dificuldade de ver a esquerda nos Estados Unidos, porque por lá ela é chamada de liberal. Temos dificuldade de ver a esquerda em Hollywood, pois os atores nos parecem tão sorridentes e simpáticos, coisa que de fato o marxismo nunca é. Mas a mutação está aí, bem na nossa cara. Sendo aclamada pela extrema-imprensa, louvada nas novelas e cantada em nossas músicas.
Agora, bem recentemente, durante o dia 07 de setembro, Lula – o condenado por corrupção – vem falar de honestidade. Fez insinuações absurdas contra o governo Bolsonaro acusando-o de ser conivente com milicianos, responsabilizando-o pelas tais 130 mil mortes do vírus chinês – que o STF transferiu para governadores e prefeitos a autoridade dos lockdowns e ações contra a pandemia.
Creio que membros do Governo estejam dando de ombros para as falas de Lula por julgarem sem valor eleitoral e material. Talvez ainda exista uma crença entre os membros do Governo que a língua mentirosa do Lula são apenas grunhidos de quem vê a sua hora chegar. Não duvido que seja, mas não devemos esquecer que o germe dessa coisa é Marx.
Na história do marxismo há um imenso rastro de sangue. Os venezuelanos ainda estão amargando o fio do veneno dessa gente. Os argentinos acordaram com o demônio na cama. E a América Central ainda assiste uma fumaça preta e ruínas da destruição tomarem conta de suas terras. Nada é sólido, tudo é mutação, vapor e destruição, escreveu Marx.
O lulismo que vi em 07 de setembro estava vestido de azul num terno caro, talvez italiano; olhos vermelhos, provavelmente da cana; e num fundo levemente marinho a lá tucanos, dizendo, que “é do inferno dos pobres que é feito o paraíso dos ricos”. Veio dizendo que sua prisão foi a mando dos Estados Unidos, sua não participação nas eleições de 2018 foi armação e que o impedimento da Dilma em 2016 na verdade foi um golpe. Todas as mentiras que todo brasileiro médio está enfadado de saber. No entanto, diante de tamanha grotesca mentira, a direita ainda não percebeu a astucia do mal: a sua facilidade de mudar.
O lulismo e o petismo estão se pulverizando, deixando o 13 e seguindo para outras numerações. Sua militância se estende ao Ministério da Comunicação, da Saúde e no corpo das Relações Exteriores. As prefeituras pequenas ou grandes possuem um exército de lulistas e petistas. Na extrema-imprensa então? Nem preciso comentar, são âncoras, repórteres e editores de jornalismo. Não é algo insignificante, são legiões camufladas entalados com o grito de “Lula Livre”.
A corrente de mentiras do Lula não foi direcionada a nós, a direita, mas a esquerda, oficializando a narrativa para o confronto de um “em breve”. É a convocação ou o blefe do jogo. Seja como for, é o sólido do marxismo se desmanchando no ar, ao mesmo tempo que inventa outra narrativa de mentiras – absurdas, é verdade – mas para essa gente, mentir sempre foi o normal.
Daniel Souza Júnior
Editor do site Original Net News. Mestrando em Administração.