Não existe independência de povo algum sem liberdade, evidentemente.
E a liberdade dos cidadãos é avalizada e sustentada pela justiça, pelas leis.
Leis que asseguram direito à expressão, direito de ir e vir e outras coisitas que constam da Constituição, o livro das leis.
Ou que pretende ser o livro das leis.
Dos tempos de 1822, quando o Brasil se libertou do jugo da corte portuguesa, graças à mudanças significativas na então colônia -entre elas a instalação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, nos idos de 1815- já são quase 200 anos.
200 anos de suposta evolução.
200 anos de suposto aprimoramento da democracia.
Observando-se a realidade brasileira hoje, neste 7 de setembro, entretanto, constata-se que não foi bem isso que aconteceu.
O Brasil, hoje, encontra-se submisso como então, à forças que suprimem a liberdade, aviltam a justiça e limam a liberdade dos cidadãos.
Se em 1822 era uma colônia de Portugal, hoje é uma colônia de 11 indivíduos que defendem seus próprios interesses espúrios e os privilégios de seus patrões.
Esses indivíduos controlam a justiça.
Controlam e interpretam de acordo com seus interesses a Constituição.
Como a corte portuguesa de então, que extorquia a colônia com taxas e impostos, exercendo um poder quase absoluto e inquebrável, esses 11 colocam o país de joelhos.
O Brasil, hoje, é uma espécie de colônia do STF.
Que manda, desmanda, acusa e prende.
Como em 1822, essa não é a vontade do povo brasileiro, que não deu sequer um voto de representatividade a esses usurpadores do poder.
Pelo contrário, o povo brasileiro votou, em 2018, no homem que supostamente o libertaria dessa tirania amoral de décadas.
Jair Bolsonaro, aclamado hoje nas comemorações pelo povo que o elegeu, é criticado com o ranger de dentes pela imprensalha inconformada e encharcada de ódio.
‘A comemoração do dia da Independência se transformou hoje em comemoração bolsonarista’, li a chamada num desses tablóides.
Não poderia ser diferente, queridos.
O povo brasileiro luta hoje pela sua liberdade como há 200 anos.
Não quer, não precisa e repudia essa velha política e esse velho jornalismo de antas.
Se hoje ainda não está livre, e o fedor de velhos personagens que saem das tocas de olho nas eleições ainda invade nossos pulmões, estará ao seu tempo.
O processo que começou com a eleição de Bolsonaro em 2018 é irreversível.
Sabia-se que não seria fácil, nem simples.
Os velhos urubus não largariam o osso sem mais nem menos.
Lutam para sobreviver, com unhas, dentes e garras.
Mas apenas adiam o próprio fim.
Chegará o 7 de setembro, finalmente, em que poderemos comemorar a democracia e a liberdade.
Verdadeiramente.
Até lá, a luta dos verdadeiros brasileiros continua.
Marco Angeli Full
https://www.marcoangeli.com.br
Artista plástico, publicitário e diretor de criação.