A luta contra um sistema corrompido é extremamente complicada, difícil de ser vencida, quase impossível.
É esta a árdua missão do atual governo.
O “mecanismo” é devastador, envolve muito dinheiro, muita gente poderosa e possui inúmeros tentáculos.
Não é a toa que o próprio Bolsonaro já foi vítima de diversos episódios de traição, envolvendo inclusive ministros de estado, escolhidos por ele livremente. Pessoas, em tese, de sua confiança.
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta é um caso clássico.
De dentro do governo tentou descaradamente jogar a opinião pública contra Bolsonaro, agindo no sentido contrário do que o presidente dizia e ironizando suas declarações. Alegando, para tanto que se baseava na “ciência”.
O confronto foi inevitável, abalou o governo na época, em pleno auge da pandemia, mas hoje se percebe que Bolsonaro tinha razão e que Mandetta era mais um ‘traidor’, tentando viabilizar o seu projeto pessoal de poder.
Nesta quinta-feira (3), Bolsonaro elucidou o ‘modus operandi’ do ex-ministro:
“O que o marqueteiro falava para vocês? ‘Fica em casa. Quando faltar ar você vai para o hospital’. Para quê? Para ser intubado. Para ser intubado precisa de respirador. ‘Então vamos comprar rapidinho respirador. Custa R$ 30 mil? Vamos pagar R$ 200 mil’. Bem, vocês estão sabendo o que está acontecendo aí, não é isso?”
Gonçalo Mendes Neto. Jornalista.