Em seus últimos dias a frente do CNJ, Toffoli ignora a crise e converte em dinheiro, em dobro, um terço das férias de juízes
30/08/2020 às 12:22 Ler na área do assinanteNenhuma preocupação com a crise.
Enquanto o governo luta bravamente para pagar o auxílio emergencial para milhões de trabalhadores desempregados, para a magistratura a crise simplesmente não existe.
Pelo menos, é isso que se depreende diante da atitude do ministro Dias Toffoli, presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que todos os Tribunais Regionais Federais e do Trabalho garantam a seus magistrados a “conversão” em “abono pecuniário” de um terço de suas férias de 60 dias, contado em dobro.
Ou seja, de acordo com a decisão, os magistrados poderão transformar em dinheiro 20 dos 60 dias de suas férias anuais, com o detalhe de que o dinheiro contará em dobro, equivalente a 40 dias.
A adesão promete ser maciça. O que inevitavelmente irá resultar em valores astronômicos.
A decisão de Toffoli simplesmente ignora a crise.
No mínimo uma falta de consideração com milhões de pessoas que estão desempregadas.
Um insulto aos trabalhadores.
Fonte: Diário do Poder
da Redação