Sem saída: Governo sente o duro golpe dos protestos de 13 de março

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O Brasil assistiu neste domingo, 13 de março de 2016, às maiores manifestações de rua de sua história. 

O povo em 24 estados, mais o Distrito Federal, dedicou parte de seu domingo a se manifestar contra o governo.

A tônica das manifestações foi o repúdio ao governo Dilma Rousseff, ao Partido dos Trabalhadores e seu principal líder, Luiz Inácio Lula da Silva, e à corrupção desenfreada desvendada pela Operação Lava Jato da Polícia Federal.

O castigo a Lula foi devastador. Ao já tradicional boneco do Pixuleco, somaram-se cartazes, memes, máscaras, alguns "pedalões"  e até uma espécie de carro alegórico representando o tríplex no Guarujá.

O grito de ordem contra o PT pôs o partido como grande responsável pelos dias difíceis que o país atravessa.

Na cidade de São Paulo, melhor termômetro do engajamento dos brasileiros nos protestos, imagens aéreas mostraram os 23 quarteirões da Avenida Paulista completamente tomados.

A Operação Lava Jato, a economia em frangalhos e o Congresso sem controle deixam o governo numa situação complicada, praticamente sem saída.

O governo é hoje um organismo cansado e deteriorado por um ano de crise econômica acachapante, enfraquecido por evidências de corrupção levantadas sem clemência pela Lava Jato e ameaçado por um processo de impeachment da presidente em andamento no Legislativo. 

O único personagem louvado foi o juiz Sérgio Moro, reverenciado em todo o Brasil.

Moro divulgou nota em que se disse tocado pelo apoio ao "trabalho institucional robusto que envolve a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e todas as instâncias do Poder Judiciário", e pediu que "as autoridades eleitas e os partidos ouçam a voz das ruas e igualmente se comprometam com o combate à corrupção, reforçando nossas instituições e cortando, sem exceção, na própria carne".

da Redação

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