Caroline De Toni: “Nós, conservadores, somos a maioria silenciosa que agora tem voz” (veja o vídeo)
25/08/2020 às 09:58 Ler na área do assinanteO grande medo dos extremistas é que o povo opine e participe, por isso querem calar as pessoas nas redes sociais, como se a população tivesse assinado procuração e dado à esquerda e a jornalistas militantes o direito de falar em nome delas. Em entrevista à TV Jornal da Cidade Online, a deputada federal Caroline De Toni, eleita por Santa Catarina, falou sobre essa guerra cultural, e a importância de ter paciência para lutar pelas pautas conservadoras, ocupando os espaços:
“Essa é uma luta difícil, que foi iniciada agora, na verdade, estamos sofrendo as consequências de décadas de omissão, não devemos achar que em um ano, um ano e meio, a gente vai modificar um cenário, onde a esquerda exerce uma hegemonia nos meios de comunicação, nos meios de ensino... eles estão com as ideias espalhadas pela sociedade, tentando modificar o pensamento conservador”, alertou a parlamentar.
De Toni abordou ainda outros temas, como a extinção de cotas para mulheres nas eleições e a omissão do Senado em relação ao STF. Confira alguns destaques:
PL da Censura
A deputada criticou duramente o PL 2630, já conhecido como PL da Censura. “O que eles querem com esse projeto é calar o cidadão. Com a internet, a gente conseguiu ter uma espécie de democracia direta, pode se comunicar, colocar nossa opinião em postagens nas redes sociais, e o PL das Fake News vem ameaçar essa liberdade”, ressaltou De Toni.
Pelo fim das decisões monocráticas
A deputada apresentou um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que proíbe decisões monocráticas de ministros do STF, quando atacam prerrogativas de membros de outros poderes e/ou interferem em suas decisões.
“Vou dar um exemplo concreto do que aconteceu esse ano e foi um absurdo! O ministro Alexandre de Moraes violou uma prerrogativa exclusiva do presidente da República, quando ele foi nomear o Alexandre Ramagem para ser o diretor da Polícia Federal. Se minha PEC for aprovada, essas decisões só poderão ser tomadas pelo colegiado do STF. A mesma coisa sobre quebra de imunidade de membros de outros poderes, que foi o que aconteceu comigo e outros parlamentares, que tivemos nosso sigilo quebrado sem nenhuma evidência de cometimento de crime, por uma decisão monocrática”, explicou a parlamentar.
Extinção de cotas para mulheres nas eleições
A deputada comentou, ainda, sobre o Projeto de Lei nº 4213, que ela apresentou, prevendo a extinção das cotas para mulheres nas eleições. Pela proposta, os partidos passam a ser livres para determinar um percentual das suas candidaturas para mulheres.
Para a deputada De Toni, pedir o fim das cotas nas eleições é antes de tudo uma questão de igualdade perante a lei. “Opinião não tem sexo. Não podemos obrigar as mulheres a entrar na política se elas não querem. Entendo que o papel da mulher na política é o mesmo que qualquer pessoa exerce na política, que é defender as pautas pelas quais ela foi eleita”, completou a parlamentar.
Assista a entrevista:
da Redação