Cirúrgico, J.R. Guzzo desvenda a atual formação do STF: “Um partido político”
23/08/2020 às 13:10 Ler na área do assinanteEm seu mais recente artigo publicado na Revista Oeste, o respeitado jornalista J.R. Guzzo volta a mirar os ministros do Supremo Tribunal Federal como alvo de suas críticas.
Para Guzzo “na vida real, o Supremo atua como agremiação partidária. Persegue os amigos do governo e protege os seus inimigos”.
De fato, é o que temos visto. Uma instituição aparelhada pela esquerda que se recusa a aceitar Jair Bolsonaro como presidente legitimamente eleito.
A saída de Celso de Mello, dando lugar a um nome indicado pelo atual presidente, pode dar uma oxigenada nessa correlação de forças.
Bolsonaro não pode errar. O futuro ministro precisa ter coragem para enfrentar as figuras que estão demonizando a corte.
Eis o que diz Guzzo:
“O Supremo Tribunal Federal do Brasil é hoje um partido político. Abandonou, já há um bom tempo, as aparências de uma corte de Justiça, e no momento funciona praticamente em tempo integral como um escritório de despachantes que se dedica a servir os interesses ideológicos, pessoais e partidários dos seus onze ministros. O ministro Edson Fachin acha que as eleições de 2018 para presidente não foram “legítimas”, e que as de 2022 também não vão ser, porque o seu candidato não ganhou a primeira e, a menos que seja dado um golpe jurídico, não vai ganhar a segunda. O ministro Gilmar Mendes sustenta que é preciso reduzir os poderes que a lei dá ao presidente da República, como se o país estivesse num regime parlamentarista — e que é possível fazer isso sem um plebiscito ou qualquer outro tipo de aprovação popular. O ministro Luís Roberto Barroso quer escolher o sistema econômico que o Brasil deve seguir; o “liberalismo”, segundo ele, tem de ser eliminado.”
Para sustentar suas afirmações, Guzzo cita o que disse há poucos dias um ministro componente da corte, Marco Aurélio Mello.
Vejam:
“O STF está sendo utilizado pelos partidos de oposição para fustigar o governo”, disse dias atrás o ministro Marco Aurélio Mello. “Isso não é sadio. Não sei qual será o limite.” Quem está falando isso não é nenhum “blogueiro de direita” ou militante “contra a democracia”, desses que o ministro Alexandre de Moraes persegue com batidas policiais, apreensão de celulares e censura do que dizem nas redes sociais. É um ministro; supõe-se que o presidente Dias Toffoli e seus outros colegas não vão abrir uma investigação secreta contra o homem. Se ele, Marco Aurélio, não sabe qual é o limite, imagine-se então nós outros. Onde vai parar esse negócio?”
É realmente assombroso.
Fonte: Revista Oeste