Padre Robson, o “padre empresário”, os negócios suspeitos e a movimentação bilionária
23/08/2020 às 11:08 Ler na área do assinanteO dinheiro arrecadado pela Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), entidade fundada e comandada pelo padre Robson de Oliveira Pereira, se tornou “uma grande empresa”, de acordo com o que diz Ministério Público de Goiás.
Teve uma movimentação bilionária nos últimos 10 anos.
A Afipe movimentou em torno de 2 bilhões de reais.
No relato do promotor Sebastião Marcos Martins percebe-se a maneira suspeita como essa dinheirama foi empregada:
“As contas bancárias da Afipe foram usadas para comprar fazendas, residências em condomínio fechado, apartamentos em São Paulo, em Goiânia, fazendas em todo Brasil, mineração. A Afipe, hoje, é uma grande empresa. Ela tem o argumento religioso, mas ela se converteu em uma grande empresa do estado de Goiás, que explora inúmeras atividades, agropecuária, mineração. Ela compra inúmeros imóveis e vende inúmeros imóveis”.
Na realidade, o dinheiro da doação dos fiéis deveria ter sido usado na construção da nova Basílica de Trindade, orçada em R$ 100 milhões.
Entretanto, a obra se arrasta há oito anos e permanece inacabada.
Com o dinheiro arrecadado dava para ter construído umas 20 basílicas.
Que situação!