Okamotto está obstruindo às investigações

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No mês de janeiro deste ano, quando ganharam força os rumores de que Lula poderia ser alvo da Lava Jato, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, mudou os contêineres que abrigam o acervo do ex-presidente Lula, da Granero para o depósito do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. 

Os investigadores da Operação Lava Jato interpretam a mudança como uma tentativa de apagar a ligação com a construtora OAS e, consequentemente, atrapalhar ou mesmo obstruir às investigações.

A Granero armazenava o acervo desde 2011. A OAS pagou 1,3 milhão de reais pelo serviço.

Os pagamentos da construtora à Granero são investigados pela Procuradoria por serem evidência de supostos 'favores' recebidos pelo ex-presidente Lula de empreiteiras envolvidas no escândalo do petrolão. 

Em seu depoimento à Polícia Federal, Okamotto explicou que os valores desembolsados pela OAS para bancar o armazenamento dos contêineres na Granero foram uma espécie de doação ao Instituto Lula.

'A última atuação ilícita de Paulo Okamotto nessa fraude ocorreu no mês passado, no dia 12 de janeiro, quando ele indicou agentes para retirar os bens pessoais de Lula armazenados pela Granero', disse a força-tarefa da Lava Jato em peça que foi anexada aos autos.

A mudança foi uma das justificativas apresentadas no pedido de prisão temporária de Okamotto. 

Sempre cauteloso, agindo estrategicamente, o juiz Sergio Moro negou o pedido do Ministério Público para prender temporariamente o presidente do Instituto Lula.

Porém, anotou em seu despacho que os investigadores precisam aprofundar a coleta de provas contra o braço direito de Lula.

O despacho de Moro é um indicativo de que a prisão de Okamotto pode ser decretada a qualquer momento. Ele manda aprofundar as provas. Isto já está acontecendo, principalmente em função do material colhido nas ações de busca e apreensão efetivadas na sexta-feira (4).

Vamos aguardar.

da Redação

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