O desejo de todo socialista é ser um capitalista excepcionalmente rico
11/08/2020 às 12:57 Ler na área do assinanteNão é segredo nenhum para ninguém que socialistas desejam usufruir arduamente de todos os inúmeros benefícios e privilégios que o capitalismo proporciona; o que eles não querem é ter que trabalhar para conquistar esse objetivo. É por essa razão que socialistas com muita frequência ingressam na política, para se locupletar do estado.
Uma vez na política, é fácil ficar rico e se esbaldar com o vasto manancial de recursos, esbanjamentos orçamentários, inúmeros privilégios e imensuráveis benefícios dos quais a classe dirigente usufrui, e que são todos custeados com o dinheiro do contribuinte.
E apesar de não produzir absolutamente nada, essa gente oportunista ainda aproveita a situação para se promover como "heróis" do povo, alardeiam a si próprios como "guerreiros" que lutam resolutamente por "justiça social", o que quer que uma platitude genérica dessa natureza signifique. É muito fácil fazer isso ganhando 34 mil por mês, com indumentária, moradia e passagens aéreas custeadas pelo estado, que por sua vez é totalmente sustentado pelo dinheiro do contribuinte.
Ao promover sua plataforma política, logo em seguida o indivíduo em questão — se for descaradamente populista e demagógico, como os Lulas e Chávez da vida — provavelmente conseguirá arrebanhar um monte de idiotas úteis para a causa, e estes passarão a venerá-lo como se fosse um verdadeiro deus, uma divindade sagrada.
Já vimos isso acontecer centenas de vezes na triste, deplorável e deprimente história política da América Latina, onde a abundância de demagogos populistas e bandidos oportunistas só não foi superada pela fé irracional dos socialistas na fantasia da revolução cubana.
O socialismo é a ideologia da inveja, do ódio, da ganância. Henry Hazlitt enfatizou isso com veracidade quando disse:
"Todo o evangelho de Karl Marx pode ser resumido em duas frases: Odeie o indivíduo mais bem-sucedido do que você. Odeie qualquer pessoa que esteja em melhor situação do que a sua."
Socialistas odeiam o trabalho, servem unicamente para reclamar do capitalismo, do patrão, da classe empresarial, e exigir que tudo seja "público, gratuito e de qualidade".
Essa gente esquece que nada é gratuito, apenas no colorido mundinho de fantasias utópico da militância. O estado não gera riquezas, mas se sustenta exclusivamente da extorsiva tributação parasitária praticada desmesuradamente contra os setores produtivos da sociedade.
E não devemos jamais esquecer que vivemos em um país que possui uma das mais elevadas cargas tributárias do mundo, com um sistema de alíquotas e encargos fiscais que também vem a ser dos mais burocráticos, labirínticos e complexos hoje em existência.
O Brasil é o quarto país do mundo que mais tributa empresas. Se tributação fosse sinônimo de desenvolvimento, deveríamos ser um dos países mais desenvolvidos do mundo. Não obstante, somos o contrário, um dos mais pobres. No Brasil, ninguém enriquece, com exceção da classe política e dos marajas do estado, que sugam o dinheiro do contribuinte com uma voracidade inesgotável, que nunca termina.
Ora, tudo o que socialistas fazem na prática tem um único objetivo primordial: abiscoitar a maior parte das riquezas geradas pelos setores produtivos da sociedade. Para isso, eles se valem das mais variadas estratégias.
Como uma ideologia que institucionaliza a rapinagem, a truculência parasitária, a expropriação agressiva, a espoliação sistemática e toda e qualquer agressão perpetrada contra a sociedade produtiva e a livre iniciativa, o socialismo é uma ideologia perfeita para vagabundos que não estão dispostos a produzir, mas apenas se apropriar dos frutos do trabalho alheio. Como o professor Osvaldo Bastos falou, "todo comunista é um indivíduo frustrado. Por isso ele tem raiva da burguesia, porque não conseguiu ser burguês."
Socialistas então tentam ficar ricos através do estado — ingressando na política — e aqueles que não conseguem nem isso empenham-se avidamente em destruir as riquezas geradas pela sociedade produtiva, solicitando mais taxação, tributação e roubo institucionalizado por parte do estado sobre quem trabalha e produz, até erodir plenamente todos os baluartes que sustentam o mercado.
Toda a fantasiosa e delirante ideologia socialista tem como epicentro o estado, apesar do estado não produzir riquezas, apenas confiscá-las. Mas socialistas são completamente incapazes de compreender isso. Como vimos inúmeras vezes na história da América Latina, o que sempre acontece literalmente em todas as ocasiões, são políticos socialistas — que via de regra são demagogos populistas, dispostos a falar qualquer coisa para se eleger — prometendo todo o tipo de coisas ao seu curral eleitoral, que eles jamais serão capazes de cumprir.
Hugo Chávez, que foi ditador da Venezuela de 1999 a 2013, chegou a dizer ao povo em um dos seus discursos que o socialismo poderia produzir o paraíso na Terra. Hoje 92% do povo venezuelano é miserável, a Venezuela é o segundo país mais violento do mundo, a inanição e a desnutrição são problemas crônicos e centenas de venezuelanos morrem de fome diariamente.
E quando falamos em Venezuela é necessário enfatizar que estamos falando de uma nação com um passado glorioso, que já foi o quarto país mais rico do mundo. Ou seja, essas são as maiores especialidades do socialismo — depauperar a sociedade produtiva e destruir nações prósperas e promissoras.
Empobrecimento sistemático é tudo o que socialismo faz e é tudo o que ele é capaz de fazer. O socialismo só é bom e só traz prosperidade para aqueles que estão no poder.
No entanto, apesar de seu inenarrável histórico contundente de miséria e desgraças, o socialismo continua sendo uma ideologia muito difundida. E continuará a ser, enquanto existirem demagogos populistas dispostos a oferecer coisas gratuitas, assim como vagabundos dispostos a aceitá-las.
O que socialistas oferecem, na prática, é simplesmente esmola institucionalizada, que lhes serve como capital eleitoral. É claro que receber coisas grátis é o que todo vagabundo quer e deseja ouvir; não é sem razão ou motivo, portanto, que tantos vagabundos são atraídos pela doutrina socialista.
O resultado evidente de tão corrosiva doutrina de vagabundagem institucionalizada, é claro, é a produção em massa de legiões de vagabundos que querem tudo de graça e que pouco ou nada contribuem para o crescimento e o desenvolvimento da sociedade.
Nada fazem além de exigir e solicitar "direitos", e ficam ostensivamente ressentidos, quando — em decorrência de medidas de austeridade e de crises orçamentárias —, esses supostos "direitos" são retirados ou suprimidos.
A verdade é que o socialismo converte homens adultos em crianças fracas, mimadas e histéricas, que precisam do deus-estado e do papai-governo para tudo. Morrem de medo da vida e de responsabilidades, e sua maior aspiração é passar toda a sua existência no colo do seu político de estimação, recebendo tudo gratuitamente.
Nem o estado, nem a classe política, nem o governo produzem riquezas. Políticos que fazem muitas promessas ao seu eleitorado são apenas populistas desesperados para chegar ao poder. Como Patrick Jake O'Rourke disse, "não há virtude na caridade compulsória do governo, e não há virtude em defendê-la.
Um político que se mostra carinhoso e sensível porque quer expandir os programas de caridade do governo está apenas dizendo que está disposto a tentar fazer o bem com o dinheiro de outras pessoas."
Ou, como muito bem complementou William Lyon Mackenzie King, "as promessas de ontem são os impostos de hoje." Absolutamente nada na vida é de graça. E tudo aquilo que é de graça na verdade custa o dobro.
Milagre será o dia que socialistas se tornarem intelectualmente capazes de compreender a ortodoxia da racionalidade econômica. Não sou tão otimista. Não creio que algum dia isso acontecerá.
Wagner Hertzog