O colunista do jornal comunista Granma, Raúl Antônio Capote, relembrou nesta quinta-feira (6) as palavras do atual ditador cubano Miguel Díaz-Canel, ditas no encerramento do 25° Encontro do Foro de São Paulo em julho de 2019, em Caracas:
“Lula, preso sob falsas acusações e escandalosas armadilhas judiciais, é o exemplo de até onde podem chegar os inimigos da esquerda”.
Naquela ocasião o Foro de São Paulo estabeleceu as seguintes resoluções para a libertação do Lula:
“Propomos a todos os países que estão organizados neste Foro de São Paulo a promover comitês em prol da liberdade de Lula”.
Em julho de 2019, Luíz Inácio Lula da Silva estava preso em Curitiba condenado por corrupção.
No dia 8 de novembro do mesmo ano, o Supremo Tribunal Federal por 6 votos a 5 determinou que um condenado só pode ser preso após esgotado todos os recursos nas instancias judiciais superiores.
Resultado: Lula solto. Vitória do Foro.
No item 6, da resolução 4.3 “Foro de São Paulo está com Lula”, ficou estabelecido entre os participantes do Foro que seria feita uma articulação político-jurídica com a realização de atos de denúncia envolvendo juristas brasileiros e de renome internacional, claro, para no fim anular o julgamento.
Por isso o colunista do jornal cubano Granma está comemorando a retirada da delação de Antônio Palocci do processo da Lava Jato contra Luiz Inácio Lula da Silva.
Essa anulação é um passo para a anulação do julgamento do condenado Lula.
Na ocasião da anulação da delação de Palocci, o Ministro do STF, Gilmar Mendes, disse que homologar a delação de Palocci nas proximidades da eleição de primeiro turno foi um fato político protagonizado pelo Sérgio Moro.
Enquanto o Ministro Ricardo Lewandowski se resumiu apenas em dizer que foi uma “inequívoca quebra de imparcialidade” arrolar as denúncias de Palocci na véspera da Eleição Presidencial.
É como está escrito nas resoluções do Foro de São Paulo, a liberdade do Lula e a sua total anulação de julgamento consiste numa articulação político-jurídica.
A estratégia do Foro é simples: implementar uma narrativa que confunde o condenado com o político.
Claro que a extrema-imprensa brasileira compra essa narrativa de graça.
Por isso o UOL expôs a manchete “Com críticas a Moro, STF exclui delação de Palocci”. “Supremo exclui delação de Palocci”, Valor Econômico. “STF atende pedido da defesa de Lula”, Band News.
Bom, quem leva a melhor é o Foro de São Paulo que segue a passos largos para conseguir uma vitória maiúscula no Brasil. Eleger a Presidência o seu fundador Luiz Inácio Lula da Silva.
Mas jornalistas da Folha, Estadão, Globo e seus amigos dirão que tudo isso é Teoria da Conspiração.
E o Foro segue levando a melhor...
Daniel Souza Júnior
Editor do site Original Net News. Mestrando em Administração.