“Perdoar o PT não está no horizonte de ninguém que tenha o mínimo de vergonha na cara”, afirma deputado (Veja o vídeo)
05/08/2020 às 16:51 Ler na área do assinanteEm entrevista à TV Jornal da Cidade Online, o deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR) abordou diversos assuntos importantes, como a cobertura da grande mídia durante o governo Bolsonaro; o avanço do ativismo judicial; os desvios de dinheiro público durante a pandemia; o roubo de recursos do Fundeb no Piauí; entre outros. Confira alguns destaques:
Como perdoar o PT?
Será que já é hora de perdoar o PT, como um grande jornal pediu? Para o parlamentar, o pressuposto do perdão é o arrependimento, e como o PT não se arrependeu de nada, não é possível perdoar o partido e o que ele fez ao país.
“Perdoar o PT não está no horizonte de ninguém que tenha o mínimo de vergonha na cara e de decência. Inclusive, ele está afirmando suas características, seja de corrupção ou de autoritarismo. E eu acho muito bom que seja assim, porque assim eles não enganam ninguém”, ressaltou o parlamentar.
Não existe jornalismo, existe torcida
Além de deputado, Martins também é jornalista, e faz com propriedade duras críticas à postura da grande mídia:
“O jornalismo está bem próximo do seu fim. Não há mais jornalismo, o que há é torcida. O jornalismo às vezes é palco de debate, mas não protagonista de debate, e o que está acontecendo é isso. O governo Bolsonaro, nesse sentido, foi uma quebra de paradigma, porque se assumiu como um governo de direita, conservador, com uma pauta liberal no campo econômico. E esses profissionais se sentiram autorizados ou induzidos, alguns conscientes, outros não, a fazer oposição ao governo Bolsonaro”, explicou o deputado.
O protagonismo político do STF
No que diz respeito às ações do STF, para o deputado o ativismo judicial ou político dos ministros é enorme, e isso é danoso.
“Eles se alçaram ao posto de protagonistas políticos, em nenhuma democracia saudável, sólida ou desenvolvida existe o protagonismo de ministros da Suprema Corte. O STF está se mostrando como o centro da instabilidade nacional e agora assumindo também como centro do autoritarismo nacional”, alertou o parlamentar.
Roubo no Fundeb: Sobra dinheiro, falta fiscalização
A Polícia Federal está apurando desvios de recursos do Fundeb no Piauí. E o principal alvo é a primeira dama do estado, a deputada federal Rejane Dias (PT-PI), esposa do governador Wellington Dias, do PT. De acordo com Martins, o roubo no Fundeb é generalizado:
“É muito dinheiro que vai para o Fundeb, superfaturam contratos de transporte, superfaturam contratos de merenda, superfaturam tudo! Esse caso foi muito emblemático, porque a esposa desse cidadão, a deputada, era a que mais defendia o Fundeb, sim, ela estava defendendo o esquema dela, montado junto com seus companheiros vermelhos”, completou o deputado.
Assista a entrevista: