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Mesmo com a vacina o dilema dos idosos com o Covid-19 só deve terminar no final de 2021
02/08/2020 às 16:33 Ler na área do assinante
Fotomontagem ilustrativa
Conversei com um dos maiores especialistas de vacinas do mundo, e repasso o que posso repassar, já que existem muitas incertezas.
Existe a possibilidade das primeiras vacinas não darem o resultado espetacular que se espera, tipo 99,9% de proteção.
O mais provável é que as primeiras vacinas deem somente 30% de proteção, e precisem de um reforço daqui 6 meses, como já ocorre em outras vacinas.
Meno male, mas isso atrasará mais 6 meses a imunidade.
Segundo, uma eficiência de 60% não resolve o problema dos idosos com fatalidade elevada. Você poderá ainda ter 40% de chance de pegar.
Mas com 60% de imunidade o Rt do vírus cai abaixo de 1.00, o suficiente para erradicar o vírus, e será assim que os mais idosos serão protegidos.
Boa notícia, mas isso significa mais 6 meses a um ano para o vírus realmente desaparecer.
Ou seja, pessoas como eu, idosas, vamos ficar preocupados até dezembro de 2021.
Algo que eu não tinha imaginado.
Stephen Kanitz. Consultor de empresas e conferencista brasileiro, mestre em Administração de Empresas da Harvard Business School e bacharel em Contabilidade pela Universidade de São Paulo.