Netflix, rede do ódio e lavagem cerebral: “É a esquerda denunciando a si mesma”
02/08/2020 às 06:11 Ler na área do assinanteMesmo sendo um cinéfilo assumido, não costumo escrever sobre filmes, normalmente.
Mas - uma exceção - o filme polonês Rede do Ódio, recém lançado pela Netflix, merece nossa atenção.
Lançado oportunamente quando o mundo discute a desinformação e as fake news como instrumento político, o filme é um relato minucioso - apesar de ficcional - das atividades de agências especializadas em forjar e espalhar mentiras nas redes sociais a mando de partidos políticos.
Até aí, vale.
Daí pra frente, algumas considerações são importantes, e mostram a influência da esquerda na cultura mundial e a verdadeira lavagem cerebral que promovem, incansávelmente.
A máxima esquerdista de ‘acuse-os do que faz’ é a própria essência desse filme.
Trazido para a realidade brasileira, ou norte americana, o filme deve ser assistido num espelho, com tudo invertido.
Explico: ali, as redes de ódio são de conservadores, cruéis e mentirosos, destruindo seus adversários políticos ‘liberais’ e bacaninhas, artistas e empresários sensíveis e cultos.
A tática dessas agências e seu modus operandi é descrita e desenvolvida no filme com perfeição - e por isso o filme vale ser assistido - só que com os papéis invertidos.
Pode ser aplicado perfeitamente ao que vimos no depoimento de Hans River no circo da CPI das Fake News aqui no Brasil, onde é descrito o funcionamento da produção de mentiras na campanha de Fernando Haddad.
Ou pode aclarar, para o bom entendedor, o caso de Adélio Bispo dos Santos, onde a suja estratégia de fabricação de mentiras acabou gerando uma tentativa de homicídio na vida real.
Homicídio que, se bem sucedido, mudaria a história política do Brasil.
No filme, o único ‘crime’ dos liberais, envolvidos com a islamização da Europa, é a sexualidade, ou a homossexualidade escondida a todo custo dos fascistas, para que não seja - e é, no caso - usada como arma.
Interessante a proximidade com o manual comunista de vitimização das minorias, não é mesmo?
Os conservadores são descritos e colocados no filme como um bando de brutamontes agressivos espalhados pelas ruas agredindo e quebrando tudo.
Exatamente o que vimos aqui e nos EUA, com os Black Blocs ou Antifas.
Da esquerda.
Novamente, a inversão absoluta da realidade conhecida por todos nós.
O roteiro invertido é de um novato no ramo, Mateusz Pacewicz, e a direção de Jan Komasa, relativamente conhecido por outro filme, Corpus Christi.
No roteiro, ainda, há uma referência nítida à polêmica acusação à rede de Zuckerberg de ter contribuído para a campanha de Donald Trump em 2014.
Como não poderia deixar de ser, consta que o longa ganhou um prêmio - desses politicamente corretos - como o Melhor Longa Internacional do Festival de Cinema de Tribeca de 2020.
Tribeca, diga-se de passagem, é um premiador de filmes independentes que está em Manhattan, reduto principal dos esquerdinhas iluminados dos EUA.
Entende-se.
O filme talvez seja, pela sua exposição didática das práticas sujas de agências de mentiras encomendadas, mais um tiro no pé da própria esquerda.
Pois expõe suas próprias táticas cirurgicamente, atribuindo-as ao outro lado, acreditando que assim consegue mudar seu currículo sujo.
Funciona, talvez, para alguns espectadores miolo mole, completamente alienados.
Vale ser visto ao contrário.
É a esquerda denunciando a si mesma.
Marco Angeli Full
https://www.marcoangeli.com.br
Artista plástico, publicitário e diretor de criação.