Um aviso aos opositores do presidente: depois de ler este artigo, achem um jeito de se alinhar ao Governo ou comprem muitas caixas de lenço.
Atenção: este, como a maioria dos meus textos, é longo (cerca de 2340 palavras ou 5 páginas de Word). Se preferir, ao final, tem a versão em áudio. Quero realmente que você leia (ou ouça) pois essa discussão é pelo Brasil e você faz parte indispensável desta reconstrução.
Apenas para que nos situemos: a Pandemia será devastadora para as economias do mundo e para a sociedade, como um todo. No Brasil, estimamos que o PIB só se recuperará do prejuízo a partir de 2022: me refiro à recuperação da perda deste ano estimada entre 4% a 5% e do crescimento projetado para 2021 estimado em 3.5%. Dessa forma, com a previsão de crescimento em 5.5% projetado para 2022, a nossa economia estaria novamente no AZUL, recuperando a perda de 2020 (e estima-se ainda um crescimento para 2023 em torno de 6%). Projeções à parte, o fato é que perdemos 2 anos...
Claro que isso é um bom chute dos “especialistas”, mas sou otimista (como expliquei no meu Artigo sobre A RECUPERAÇÃO EM V DO GUEDES) e acredito que esses números podem ser melhores, o que estará atrelado À SUSTENTAÇÃO DE BOLSONARO E DO SEU GOVERNO.
Assim, vou explicar o porquê do meu otimismo:
Vou partir de uma visão um pouco mais abrangente e sistêmica do que de fato, a meu ver, representa a base de sustentação de Bolsonaro e que o torna extremamente forte e, consequentemente, ao seu governo. Me refiro a um conjunto de fatores que em geral, não são vistos de forma agregada e, talvez por isso mesmo, ignorados por grande parte da opinião pública e pelos analistas políticos de plantão.
Muitos desses temas, embora comentados, e o são, sempre estão esparsos ou fragmentados, O QUE NÃO DÁ UMA VISÃO MUITO CLARA DO TODO.
Dito isso, pergunto: o que representa a força de Bolsonaro e do seu Governo?
Muitos de vocês deve ter respondido que essa força/poder, está relacionada:
- Aos 57.797.847 votos (dizem que foi mais) que o elegeram e à popularidade que, em que pesem todos os ataques e articulações dos derrotados e de boa parte da mídia, se mantém intacta e inclusive vem aumentando: sim, isso é verdade e é muito importante.
- Às ações da Lava-jato que escancararam a corrupção dos Governos anteriores e fizeram surgir no País, uma imensa indignação popular: sim, isso também é um fator muito relevante.
- À ausência (um vácuo mesmo) de bons políticos que pudessem representar uma alternativa, um contraponto importante a Governos da Esquerda Progressista: mais uma vez sim, isso é incontestável.
- Ao fato de Bolsonaro ser Católico (Cristão), sendo que no Brasil temos 50% da população católica e 31% Evangélica, portanto, acreditam em Deus, na Bíblia, na família e por aí: mais uma vez sim, sem dúvida Católicos e Evangélicos tendem a ser Conservadores, como o presidente.
Mas quero ir um pouco além da superfície e comentar alguns pontos que acredito são, além dos que citamos acima, parte de um “mosaico” sistêmico que foi sendo combinado, quase magicamente, para estabelecer o conjunto de fatores que tornam Bolsonaro e seu Governo, praticamente imunes a todo esse estardalhaço desconstrutivista que vem sendo feito pela esquerda e seus aliados que acredito, não se sustenta e não logrará êxito.
Muitos dos pontos que vou elencar, sem ir muito a fundo, já representariam temas que pudessem render um Artigo denso e completo, cada um deles. Mas vou citar sucintamente apenas para uma breve análise de suas implicações, sem obviamente esgotar os temas (e nem os pontos), que são complexos e multifatoriais, logo requerem muita leitura, pesquisa, reflexão e ampla discussão da opinião pública, além de gestão da parte do governo e da sua ótima equipe.
Dito isso, vamos elencar pontos:
- Podemos começar pela reforma da previdência, que seria um forte entrave e um desastre para as contas públicas caso não fosse aprovada. Isso já representou um grande avanço, mesmo que seus ganhos tenham sido diluídos pelos efeitos da Pandemia, mas imaginem como poderia ser pior...sem ela.
- O Marco do Saneamento representará investimentos que podem melhorar a saúde da população mais carente; diminuir os custos com a saúde pública e impactar favoravelmente a produtividade dos brasileiros (um problema endêmico). Quem, num passado recente, investia em saneamento que é pouco visível para eleitores, a não ser que fosse para desviar recursos? E os recursos para esses projetos poderão vir do setor público e do setor privado interno e externo.
- O mundo está em crise e não somente o Brasil, mas o Brasil tem muito trunfos para retomar as atividades e crescer, mais do que a maioria dos países. O nosso Agronegócio, por exemplo, pode ser a locomotiva da economia e há muitas razões para acreditar nessa projeção: os indicadores são abundantes, basta olhar pois estão todos disponíveis.
- Os Empresários do campo, construíram um Agronegócio espetacular e isso com apenas 7% de ocupação do Território: mesmo enfrentando todo tipo de lobbys (corroborados acreditem, por Universidades Brasileiras, com dinheiro público) o Brasil é um celeiro de alimentos para o mundo. A Europa, que é quem mais faz Lobbys contra o Brasil já não tem tanta importância relativa no total de nossas exportações. Segundo o Mundo Rural Business os embarques de Farelo de soja para união Europeia que em 2001 representavam 48% hoje não passam de 11% e os de Carne Bovina que em 2000 representavam 43% hoje não passam de 5%, basta ver as estatísticas. O mundo, de um modo geral, quer e precisa comprar do Brasil, ou seja, existem muitas opções de mercados para receber nossos produtos. E a Ministra Tereza Cristina, com o apoio do Ministro Ernesto Araújo, tem feito um trabalho brilhante na abertura de novos mercados.
- O Estado é um “paquiderme” que pode e vai diminuir: ou seja, tem muito o que cortar e desonerar no setor público e esses recursos poderão e deverão ser realocados em benefício da sociedade e da economia, em infraestrutura por exemplo, o que já vem sendo feito pelo Ministro Tarcísio (com imensos ganhos econômicos e eleitorais).
- As Privatizações mesmo que gradativamente (o processo não é muito rápido, mas já começou) vão trazer renda, diminuir o Estado e a corrupção potencial e ajudar a emagrecer o Estado naquilo que não lhe compete. Essa missão está nas mãos competentes de Salim Mattar, uma das grandes cabeças desse governo.
- A monetização dos bens do crime organizado: o crime organizado, a cada dia, compensa menos no Brasil e o patrimônio dos criminosos tem que ser e está sendo revertido em recursos para a sociedade.
- O bom momento em especial para gerir os juros e o câmbio: o ambiente e a equipe econômica usam a taxa de juros para fomentar a economia (desmantelando o paraíso dos “rentistas”, como diz o Guedes); desonerar o serviço da dívida e fomentando as exportações com um câmbio num patamar mais elevado: garantia do ingresso crescente de divisas, via exportações muito mais competitivas.
- Juros mais baixos também garantem que os investimentos que entram no País a partir de agora, são investimentos produtivos. Nesse aspecto o Brasil figura no grupo dos 25 países de maior atratividade, no mundo, para investimentos. E acaba de ser convidado pela OCDE, para coordenar o grupo de recuperação econômica pós-pandemia.
- A agenda Liberal depois de dois governos Progressistas (Estatizantes e que durou mais de 20 anos) torna o terreno ainda mais fértil: caminhamos muito mais rapidamente, pois está quase tudo por fazer e está sendo feito de forma acelerada, por uma equipe tecnicamente muito bem constituída.
- O Mundo Ama o Brasil e os Brasileiros (temos um grande potencial turístico sem a demonização que tem sido articulada contra o Brasil). Uma boa política de Turismo e de investimentos na nossa imagem, vai reposicionar o nosso País perante o mundo. Investimentos não faltarão e o Brasil é especialmente privilegiado pela natureza. Hoje tudo é mais visível, com a mensagem e os canais adequados. Talvez depois dessa longa clausura e do medo que foi imposto, as pessoas queiram conhecer o mundo e suas belezas.
- Os recursos que deixaram de ser desviados: estima-se que cerca de R$200 Bilhões do governo eram desviados anualmente nos governos anteriores. Imaginem que agora teremos muito mais recursos indo de fato, para onde devem ir com base num orçamento honesto e onde essa corrupção está sendo consideravelmente diminuída.
- A depuração das casas políticas: isso é algo que só se consegue pelas urnas e já começou a acontecer e, o mais importante: quem decide isso é a população muito mais consciente e politizada do que em qualquer outra época: bandidos e corruptos não se sustentarão facilmente.
- O enfraquecimento das Oligarquias e Lobbys setoriais: decorridos um ano e meio do novo governo, os partidos políticos já perceberam que o velho esquema das coalizões não mais se aplica. Mesmo que articulação e política façam parte, pois as casas são políticas, não há corrupção e desvios envolvidos nessas articulações. Aos poucos o Brasil e os Brasileiros vão sendo o principal receptáculo dos investimentos da união.
- A correta alocação dos recursos: mesmo em meio à desgraça da Pandemia e por mais que haja desvios (pelo que o Supremo propiciou, durante a pandemia) os recursos têm sido corretamente alocados pelo Governo Federal evitando um colapso da economia. Já se diz que a queda no PIB será em torno de 4% e 5% (mesmo que projeções agora são meio que um chute) e não mais os 6,5% como o próprio BC projetará e muito menos os 9,1% que o FMI chutou. A possibilidade de uma recuperação e V é razoável, mesmo que dependa de vários fatores, mas esses fatores estão se alinhando com uma força impressionante.
- A reforma administrativa e a possível discussão de um pacto federativo, com a descentralização do orçamento da união e que passa a ser uma responsabilidade dos Estados e Municípios, nunca esteve mais próxima de ser discutida, entendida e, o mais importante, com boas possibilidades de ser aprovada.
- A reforma tributária (sujeita a uma ampla discussão) que pode ter desdobramentos (e que precisa rever o absurdo percentual de 35,07% do PIB em 2018) e precisará sofrer ajustes e calibragens, mas que pode simplificar os tributos; diminuir a médio e longo prazo a carga tributária e resultar numa base de tributação melhor distribuída e menos punitiva da iniciativa privada, principalmente sobre a folha, um dos grandes objetivos deste governo: que poderá aumentar significativamente o número de empregos formais.
- A abertura do mercado financeiro (segundo Guedes) que pode significar a desconcentração brutal dos Ativos financeiros no Brasil (em 2018 os 5 maiores bancos detinham 81,2% dos Ativos Totais do segmento Bancário comercial, ou seja, temos um Oligopólio financeiro no País) o que pode trazer, de fato, uma concorrência sadia ao mercado financeiro brasileiro. Nesse aspecto já temos diversas Fintechs e outros bancos podem chegar em breve: o mercado brasileiro é muito atrativo.
- Temos uma das piores qualidade de ensino de todos os tempos: a Educação que foi aparelhada ao longo das últimas décadas poderá, gradativamente ser desaparelhada. O aumento da participação do Estado no Fundeb, mediante fiscalização (o que não será fácil, mas é possível) poderá inaugurar uma nova era para a educação de base e o ensino técnico principalmente, onde estão nossas maiores carências de formação.
- A combinação: custos x qualidade x produtividade x demandas/mercados representa uma conjugação de fatores que parece meio mística, pode estar se alinhando em favor do Brasil, mesmo num momento de tamanha aflição e perdas, inevitáveis neste momento, há um movimento sincrônico e virtuoso em curso. É um processo longo, mas já começou rompendo a inércia de décadas de má gestão e desvios/corrupção.
- A visibilidade social e a geração de emprego e renda: as estatísticas de desemprego sempre estiveram subestimadas ou irreais pois não revelam o contingente de pessoas que desistiu de procurar emprego por falta de qualificação ou mesmo desilusão, na maioria das vezes. Pois bem, sabemos agora que são mais de 38 milhões de brasileiros no mercado informal, não necessariamente desempregados, mas gente que trabalha duro para se sustentar e que estão quase à margem da economia. Agora sabemos o tamanho do desafio e de quantos podem ser beneficiados dentro de um bom plano de geração de empregos e renda: muitos desses empregos poderão ser gerados pelos próprios “empregadores” informais, uma vez estimulados a se formalizar com menos impostos e burocracia. É mesmo uma questão de pesar prós e contra para que essa formalização possa ser realizada, trazendo esse contingente para a base da economia.
- O BRASIL é um País de Empreendedores, com uma população das mais empreendedoras do mundo: a taxa de empreendedorismo do Brasil (fonte: Empreendedorismo Brasil) é de 38% dentre a população entre 18 e 64 anos, o que equivale a 51,9 milhões.
- As redes utilizadas POSITIVAMENTE: não é possível mais que os corruptos e inescrupulosos mantenham seu poder manipulativo da população (embora seja preciso desenvolver uma estratégia para garantir isso). As redes sociais, mesmo sob ameaças por processos de criminalização inconstitucional, não vão se calar jamais. Como disse a ministra Cármen Lúcia, mesmo que num outro contexto: “O cala boca já morreu!
“Você pode pensar que eu sou um sonhador, mas não sou o único”.E para fechar, uma última pergunta:
Você sabe qual a diferença entre o otimista e o pessimista?Nenhuma... apenas o fato de que o pessimista sofre duas vezes. E já que falei de Lennon, vai aí uma outra frase dele:
“A vida é tudo aquilo que acontece, enquanto fazemos planos pro futuro”.Ou seja, a história se faz no agora. É isso, amigos: vocês têm uma semana para digerir tudo isso...
JMC Sanchez
Articulista, palestrante, fotografo e empresário.