O "time" de Bolsonaro, os adversários ardilosos e o "jogador" traidor

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Assistir um jogo nos dá a condição de enxergar se uma jogada de nosso time dará ou não certo. Porém, só sabe a dor de uma rasteira de um jogador do time adversário quem está no campo. Mas, ainda pior, quando um jogador do mesmo time, querendo ser a “estrela” joga ao chão aquele que está prestes a fazer o gol, simplesmente porque quer “brilhar’ mais que qualquer outro.

Esse é o jogo que assistimos: “Bolsonaro vs Establishment”.

Nas preliminares, o time Bolsonaro era composto por loucos, aventureiros e esperançosos. Enquanto que o time adversário tinha uma base formada pelos mais poderosos jogadores, uma seleção, cujo jogadores já se conhecem e jogam juntos há anos. Podia-se apostar que Bolsonaro era a zebra do campeonato.

Mas, em um jogo, a torcida conta muito. Incentiva; dá ânimo; empurra o time com gritos de “é campeão”, mesmo reconhecendo que seu time seja considerado fraco. E no decorrer dos jogos, mesmo quem não gostava desse tipo de campeonato, resolveu apostar e torcer pelo time mais fraco, o que é natural do ser humano, sempre torcer por aquele que tem menor força, porém, maior Fé.

Ao final das preliminares, o time Bolsonaro é classificado com mais de 57 milhões de pontos, o que dá uma força enorme ao técnico do time para entrar com toda garra e força para enfrentar os adversários. E de início consegue desclassificar times pequenos e médios, alguns, grandes, que enfraquecidos pela falta de patrocínio ficam no meio do caminho, porém, na torcida de times, que mesmo contrários aos seus objetivos, acreditavam ter condições de derrubar esse time do Bolsonaro que a cada momento se tornava maior e mais forte.

Bolsonaro na primeira fase do campeonato enfrentava a todos, foi feito leão para cima das hienas. Driblando aqui, driblando dali, passando, a bola somente para “aliados” deixou o meio de campo limpo, no pé de um dos principais jogadores, com o qual o técnico acreditava poder contar.

Mas, o que o técnico não sabia é que esse jogador era de outro time e estava somente emprestado. A negociação tinha sido feita por debaixo dos panos...Foi aí que o técnico percebeu o que estava acontecendo: Todas as jogadas que planejava com o time eram de conhecimento dos adversários!

Em jogadas anteriores houveram sim, jogadores e até torcedores que se mostraram seus aliados, mas que na verdade só estavam com interesse de brilhar, tanto que o time bolsonarista perdeu vários “jogos”, inclusive importantes para garantir tranquilidade no campeonato. Mas Bolsonaro, mesmo não ganhando alguns pontos conseguiu driblar esses jogadores. Porém, com esse jogador, que até então era de sua inteira confiança; defendia-o em coletivas; contava as principais jogadas que planejava... Desse jogador não, ninguém esperava uma traição.

A torcida quando soube entrou em pânico. Ficou triste, decepcionada. Tiveram alguns torcedores que até mudaram de time. O campeonato parecia estar perdido. Porém, o time reserva de Bolsonaro é uma seleção pronta. Buscaram todos os pontos fracos dos times adversários, e olha que interessante, o elo dos times era “Morico”, o tal jogador que traiu o capitão.

Desde então, Bolsonaro decidiu por outra estratégia no jogo; deixou a torcida responsável para “bater” nos adversários, mostrando defeitos, manobras e trapaças e resolveu costurar a base. Enquanto a torcida grita “juiz ladrão”, Bolsonaro junto com mais 23 jogadores fazem gol, vão pra torcida para festejar, mas logo voltam para o campo, pois, sabem que os adversários são ardilosos e se utilizam de qualquer situação para se jogarem no chão e dizerem que foi falta.

Muitos torcedores não entendem nada. Uns chegam até xingar o time bolsonarista, dizendo que continuam torcendo pelo time, mas não gostam dos recuos nas jogadas. Mas, a torcida é grande, acredito que a maior do Brasil, quiçá do mundo. E torcedores que acompanham as jogadas com um olhar mais técnico enxergam que o time verde amarelo a cada jogada ganha mais campo. Já existem até jogadores de times adversários que admitem terem perdido o jogo.

Nesse campeonato, a taça banhada pelo poder parece estar distante do time verde e amarelo, porém, já percebemos que bandeiras vermelhas já não se agitam como antes. Times desclassificados que se aliaram para derrubar o verde e amarelo e “tomar o poder à força”, sem participar do jogo, enfraquecem com a aparição “dos bandeirinhas e árbitros reservas” que têm autonomia para desarticularem jogadas perigosas.

Ainda tem muito jogo pela frente. E a partir de agora o time Bolsonaro tem que ser estrategista e sua torcida precisa apoiá-lo, mesmo não entendendo certas jogadas. O campeonato está acirrado, mas a confiança no técnico lhe dará forças para levar o time até à vitória.

“Vamos todos juntos pra frente Brasil!” ...Salve a Nação!
Foto de Claiton Appel

Claiton Appel

Jornalista. Diretor da Ordem dos Jornalistas do Brasil.


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