Em nota, Delcídio não nega delação. Logo, se não nega, confirma
03/03/2016 às 18:36 Ler na área do assinanteNota divulgada pelo senador Delcídio do Amaral na tarde desta quinta-feira (3), assinada por ele e pelo advogado Antonio Figueiredo Basto, não nega em momento algum que ele tenha optado pela delação premiada.
Pelo contrário, o texto apenas diz que "nem o Senador Delcídio, nem a sua defesa confirmam o conteúdo da matéria assinada pela jornalista Débora Bergamasco" e na sequência enfatiza "não conhecemos a origem, tão pouco reconhecemos a autenticidade dos documentos que vão acostados ao texto".
A curta declaração é encerrada dizendo que a jornalista em momento algum procurou o senador. É só.
Ora, se Delcídio não estivesse hoje na condição de delator, colocaria na tal nota, com letras 'garrafais' que não fez delação premiada.
Pelo contrário, apenas fez ressalvas a tal reportagem, logo, delatou, mas, pelo visto, foi surpreendido com a matéria. Não era o momento dos fatos se tornarem públicos.
E isto é explicável.
O acordo de delação premiada continha uma cláusula de confidencialidade de seis meses exigida por Delcídio. Porém, o ministro Teori Zavascki não aceitou a exigência imposta pelo senador petista, e devolveu o processo à Procuradoria-Geral da República, concedendo um prazo até a próxima semana para exclusão da exigência.
Para o senador, os seis meses eram o tempo necessário para ele conseguir escapar de um processo de cassação no Conselho de Ética do Senado.
Agora, sabe-se lá como, a jornalista da "Isto É" conseguiu o extraordinário "furo", comprometendo os planos de Delcídio,
da Redação
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