O Brasil pandêmico... Politicamente falando!

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Em virtude do explícito uso político do coronavírus no mundo, até a ciência foi colocada em cheque. Por si só, e sempre foi assim, a comunidade científica vive em atrito por divergências de toda espécie, e até por incompatibilidade de ideias. E o momento suja completamente essa mesma comunidade. Especificamente sobre o coronavírus, não há “verdade” que dure.

Mas a sociedade em seus vários aspectos locais, regionais e ideológicos, tem que sobreviver. E toca-se, à medida do possível, a vida.

Dois são os parâmetros que não entram em consonância com os governantes sobre as tratativas para “dominar” a pandemia; o isolacionismo e a medicação. Por fora, correm os trabalhos para que vacina seja disponibilizada. E todo cuidado é pouco.

No Brasil, não é diferente, pelo contrário, é bem pujante. Na politicagem que abunda Brasil afora, a banda que toca para derrubar o governo é muito afinada entre si. O coronavírus que se vire.

A questão se firma cada vez mais como falácia e manipulação à medida que dados e ações contradizem esses mesmos que tocam terror na população. Governantes, políticos, imprensa, e pasmem, até o judiciário entrou no baile.

Ciente que os dados não podem afiançar peremptoriamente a verdade, vez que são diversos os fatores que orientam a realidade, ou seja, cada cidade apresenta condutas diversas, e muitas vezes contraditórias, mas podemos trabalhar com as nuances que esses dados nos dão.

Por exemplo, ao cruzar informações do isolacionismo e a adoção do medicamento Hidroxicloroquina, ou Cloroquina, os resultados, se não são lineares, aplicados a depoimentos de médicos e cientistas, fica claro onde está o controle mais adequado.

Em minha opinião, não balizada tecnicamente, cientificamente, mas por acompanhar as performances e seus resultados, me dão a convicção de que o formato do isolacionismo não trouxe resultados e o uso da Cloroquina salva vidas. A quem se apoia no discurso de que a Cloroquina não tem comprovação científica para a cura do doente, não existe também a mesma comprovação de que não cura. Ou seja, é na alta de pacientes que podemos acreditar.

Apresento a todos um quadro que estabelece um conciso fator da parcela dessa verdade.

A partir de 20 de maio, quando o Ministério da Saúde do Brasil criou o protocolo da liberação e da prescrição do medicamento, notam-se, graficamente, os resultados. Os picos de alta em relação ao de baixa, em média, caíram.

Nada significativo, mas relevante, em função do que já haviam previsto muitos cientistas e médicos, dentre eles Dr. Antony Wong e Dr. Osmar Terra, no início da pandemia, ou seja, a flexibilização no isolamento social e a chegada do frio iriam potencializar o número de casos. Muitas vidas se perderam no caminho.

No gráfico abaixo, é claro a aproximação da linha do nº de recuperados e a linha do nº de casos confirmados, e que se cruzam em muitos momentos. Reflete a verdade sobre a prescrição da HCQ, cuja narrativas de governantes não se sustentam mais.

Por amostragem, compilei informações e metodologias aplicadas nestes dois itens (quarentena e adoção da Cloroquina) por governos de 22 cidades em 13 estados do país.

Reparem que há uma verossimilhança entre os cruzamentos dos dados e os resultados no método aplicado por cada cidade. Há uma discrepância latente!

Com a palavra, prefeitos e governadores!!!

Em especial, ao prefeito da minha querida Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que nesta semana, ousou fazer comparações com outras cidades. Aos incautos, engana com seu discurso, e números lineares e absolutos. A quem já o conhece, não passa de um covarde.

Foto de Alexandre Siqueira

Alexandre Siqueira

Jornalista independente - Colunista Jornal da Cidade Online - Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo..., da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Visite:
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