Os recentes fatos ocorridos no âmbito do STF nos remetem ao circo dos horrores ou à comédia grega? Ambos, talvez.
Como descrever as decisões monocráticas e totalitárias no inquérito do fim do mundo, promovido pelo Ministro Dias Toffoli, que designou o Ministro Alexandre de Moraes (sem sorteio) para conduzir processo sigiloso, que resultou em mandados de busca e apreensão e prisões sem o devido processo legal?
Como compreender o absurdo cometido pelo Ministro Gilmar Mendes ao verbalizar publicamente grave ofensa ao Governo Federal e ao Exército?
Como explicar a um estrangeiro que o Ministro Celso de Mello ameaçou condução de generais “sob vara” para depoimentos?
Como conceber a divulgação integral de vídeo de uma reunião do Presidente da República e Ministros de Estado?
Como comentar a decisão que concedeu poderes a governadores e prefeitos de determinar o isolamento, a quarentena, o fechamento do comércio e a restrição de locomoção por portos e rodovias?
Como se deve interpretar a soltura de mais de 30.000 presos, sob alegação de transmissão do novo coronavírus, posta em prática por juízes em todo o território nacional, a atender Recomendação 62 do CNJ presidido pelo ministro Dias Toffoli?
Manifestantes que usaram fogos de artifício nas imediações do STF foram presos por 10 dias e até hoje têm restrição de interação social, enquanto um ato terrorista praticado por um cidadão que ateou fogo em um ônibus com passageiros em seu interior, em frente ao Palácio do Planalto, quando gritava frases contra o Presidente da República, ficou preso por 2 dias e depois liberado. O que dizer?
Assim, resta-me citar Sir Winston Churchill, o grande estadista inglês:
“A verdade é inconvertível, a malícia pode atacá-la, a ignorância pode zombar dela, mas no fim; lá está ela.”
Ricardo Torre. Administrador. Oficial da reserva (R2) do Exército.