Finalmente o Conselho de Ética dá um veredito sobre a cassação de Eduardo Cunha

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Depois de mais de quatro meses de discussões, um tempo recorde na história do colegiado, o processo que decidia sobre a abertura de investigação contra o presidente da Câmara, foi aprovado por 11 votos a 10.

O presidente do conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA), foi o responsável pelo voto decisivo, na votação encerrada na madrugada desta quarta-feira (2).

O processo foi alvo de duras manobras de aliados do peemedebista e até de intervenção da cúpula da Casa, que, de ofício, anulou a abertura de investigação anterior e destituiu o relator. Caso não haja novos recursos, abre-se prazo de dez dias para Eduardo Cunha apresentar defesa.

Eduardo Cunha foi citado em depoimentos de investigados pela Operação Lava Jato como sendo beneficiário de 5 milhões de dólares do esquema de desvios de recursos da Petrobras e mentiu durante depoimento à CPI da Petrobras, tendo negado possuir conta no exterior.

Não obstante o resultado desfavorável a Cunha no Conselho de Ética, a punição do deputado pela ação de parlamentares é considerada improvável.

Com a aprovação da admissibilidade, abre-se uma série de prazos, como o de apresentação da defesa e de oitiva de testemunhas, medidas que também permitem uma série de recursos protelatórios.

A expectativa é que o Supremo Tribunal Federal avance nas investigações da Lava Jato ou atenda pedido da Procuradoria-Geral da República e decrete o afastamento de Eduardo Cunha do mandato. Nesta quarta, deve sair a decisão que pode tornar o peemedebista réu pelo envolvimento no esquema do petrolão.

Paralelamente, está nas mãos do ministro Teori Zavascki, pedido do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, de abertura de mais um inquérito contra Eduardo Cunha, o terceiro. Neste caso, ele é suspeito de receber propinas que totalizam 52 milhões de dólares.

da Redação

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