Nunca tantos foram tão “judiados” por tão poucos

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Essa é uma versão atualizada da famosa frase do Primeiro Ministro Inglês Winston Churchill dita em homenagem à força aérea britânica, que em minoria, derrotaram fragorosamente a poderosa “luftwaffe” no curso das “blitz” nazistas sobre Londres no decorrer na 2ª Guerra Mundial, quando disse se referindo aos seus aviadores:

“Nunca tantos deveram tanto a tão poucos”.

A expressão “judiar” é um neologismo (palavra nova) cuja origem (semântica) mais provável venha da forma desumana, cruel e irracional como o povo judeu foi tratado pelo regime nazista no curso do holocausto que vitimou mais de 6 milhões de pessoas. O povo brasileiro também vem sendo “judiado” por uma minoria composta por uma aristocracia medieval que está encravada no poder e que não quer largar o osso.

Os sintomas desta "judiaria" estão por toda a parte. Mas, de forma absolutamente perceptível, puderam ser sentidos e observados no curso desta pandemia de COVID-19.

Encastelados em seus privilégios, regados às mais indecentes mordomias, suas excelências os ministros do Supremo Tribunal Federal, embriagados pelo poder, isolados do mundo real, iludidos pelas luzes de uma ribalta que nunca lhes foi legítima ou lhes pertenceu, através de um dos maiores equívocos da nossa história, retiraram do Governo Federal a autoridade para comandar as ações e os protocolos de saúde a serem aplicados em favor da proteção do povo brasileiro.

Deu no que estamos vendo: a nação está atordoada, sob os mais diversos comandos de governadores e prefeitos no mais das vezes despreparados e oportunistas; um mar de denúncias de corrupção, de compras superfaturadas e de arroubos autoritários próprios de sistemas autocráticos e despóticos, comparáveis ao regime do “füher”!

A saúde do povo brasileiro está sendo tocada como se fossemos uma banda onde cada integrante resolveu tocar a sua música. Desafinadamente.

Ainda não é possível prever a amplitude, a frequência e extensão dos danos que o país já sofreu, sofre e irá sofrer. Os econômicos, para os quais sempre se dá um jeito; os psicológicos que irão perdurar por muitas gerações; mas, sobretudo as mortes que poderiam e deveriam ter sido evitadas.

Sim, a conta será da atual composição do STF. Foram eles que deram o veredito injusto.

Por detrás dá decisão do STF está um inegável e nada republicano ativismo político cujo objetivo foi impedir o Presidente eleito por 57 milhões de brasileiros de governar.

Buscaram intervir num poder dos quais não são os titulares.

Somaram-se a isso, os interesses ideológicos de um lado e de outro a frieza desumana eminentemente comercial da poderosíssima indústria farmacêutica mundial de impedir, por todos os meios e de todas as formas, a modulação do combate à pandemia pelo uso do bom senso e pela barreira inexplicável criada contra o uso de uma terapia que vêm se mostrando eficiente a cada dia, que é o uso do hidróxido de cloroquina e da azitromicina na fase inicial dos sintomas da doença. Em nome da ciência? Que ciência?

Aquela que bate cabeça e não encontra respostas ou não sugere e não indica alternativas em favor da população? Ou daquela conduzida por "cientistas" que não são capazes de revelar seus "conflitos de interesses"? Ou aquela que quer vender caro uma expectativa de cura que se mostra evidente, viável, barata, eficiente e acessível?

Ou será pelo prestígio da revista “Lancet” que publicou como sendo verdade absoluta matéria assinada por embusteiros que não passam de estelionatários?

Ou via dos editoriais desmoralizados da Rede Globo e da grande mídia em quem ninguém mais crê?

Ou pelas contaminadas decisões de uma manipulada Organização Mundial da Saúde?

A “judiação” não vai ressuscitar os mortos que poderiam estar vivos.

E isso sim tem grande probabilidade de ficar registrado como uma espécie de genocídio.

Aos poucos a sociedade reage e a verdade boia nesse mar de lama.

De nada vai adiantar demonizar as pessoas tentando intimidar a liberdade de expressão, como quer o STF e parte do Congresso Nacional.

Atitudes radicais se revelarão estrondosos equívocos e serão corrigidos, como por exemplo, o afastamento da oncologista e imunologista Nise Yamaguchi do respeitadíssimo Hospital Israelita Albert Einstein que certamente será revisado em respeito à magnifica história da instituição e à biografia dessa memorável brasileira.

E, apesar do sofrimento que passa, o povo – o verdadeiro soberano – já percebeu com nitidez quem são os seus carrascos e quem está legitimado, pela vontade irrefutável de uma esmagadora maioria, para conduzir os seus destinos.

Assim como o povo judeu sublimou seu martírio e emergiu da dor, também a nação brasileira, atenta, vigilante e participativa, sairá deste quase caos no qual foi colocado, com grandeza cívica.

O Brasil e os brasileiros não cabem em nenhum abismo!

Além da Justiça Divina, só vai ficar faltando o Tribunal de Nuremberg.

Mas “há tempo para tudo debaixo do céu”. Sempre democraticamente, é claro!

Foto de Luiz Carlos Nemetz

Luiz Carlos Nemetz

Advogado membro do Conselho Gestor da Nemetz, Kuhnen, Dalmarco & Pamplona Novaes, professor, autor de obras na área do direito e literárias e conferencista. @LCNemetz

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