Paulo Guedes e a “recuperação em V” do Brasil (Saiba o que é recuperação em V)
12/07/2020 às 21:42 Ler na área do assinantePara começar, QUERO DEIXAR CLARO: existe um imenso aparato montado (de interesses ocultos e outros nem tanto) com o firme propósito de nos DISPERSAR, alienar e manipular. Isso para dizer o mínimo...
A MUDANÇA DE ESTRATÉGIA DE BOLSONARO
Você deve ter notado que o governo brasileiro ESTÁ, NESTE MOMENTO, ABSOLUTAMENTE FOCADO EM PAUTAS POSITIVAS. Não que não o estivesse antes como sabemos, a equipe do Governo nunca deixou de trabalhar e nem de focar a missão recebida: a de resgatar o Brasil do PÂNTANO que os DESGOVERNOS Petistas nos meteram. Mas vinha perdendo muito tempo e energia no EMBATE POLÍTICO a que era submetido, também como estratégia dos seus adversários/opositores, cujo objetivo é sempre o de enfraquecer e fragmentar.
Em meio à grave crise mundial de saúde pública onde o VÍRUS foi usado como instrumento para o cometimentos de inúmeros crimes, as pautas POSITIVAS que representavam ações concretas para reconduzir o Brasil ao crescimento, vinham sendo ofuscadas e relegadas aos bastidores sem que a população tivesse uma visão real do que vinha sendo feito. Agora estamos vendo...
Na verdade, era a própria população que vinha sendo manipulada por discursos de ódio e narrativas e o Governo vinha permitindo isso por não APRESENTAR AS SUAS PAUTAS E AÇÕES POSITIVAS com a necessária ênfase. Parece que isso mudou, inclusive ou principalmente, com a recriação do Ministério das Comunicações e de uma SECOM muito mais ativa e desaparelhada.
Agora, é preciso entender o tamanho do DESAFIO e focar ainda mais nas ações de retomada...
VOCÊ SABE O QUE É RECUPERAÇÃO EM V?
Primeiramente, vamos aplicar um “translator” no economês: você certamente já ouviu o nosso Ministro Paulo Guedes falar nesse modelo de recuperação..., mas provavelmente não deve saber exatamente o que significa isso (economês é fogo... rsss). Então vamos lá tratar de decifrar o que significa isso...
Diversas correntes de economistas ao redor do planeta discutem o processo de retomada pós-pandemia e apresentam modelos. Tais modelos levam em conta a imponderabilidade maior ou menor de construir cenários em meio a variáveis, como por exemplo: quando haverá de fato uma vacina para o Covid-19 ou se a pandemia apresentará novas ondas de contaminação ou mutações do vírus e assim por diante. Além disso, o seu impacto nas economias e o poder destrutivo que ele produziu e ainda produz nas economias.
Tais modelos são conhecidos por “curvas” estatísticas que levam em conta quedas e retomadas dos PIBs dos países ao longo do tempo e são nomeados por letras do tipo Z, W, L, U, V ... onde, cada uma delas considera um determinado cenário e este, determina uma curva, sempre considerando as quedas e o influxo quando se atinge digamos, o fundo do poço e se faz o caminho de volta até atingir o ponto inicial pré-pandemia.
São curvas representadas assim, num determinado espaço de tempo:
Apenas para nos concentrar em dois desses modelos, vou comentar brevemente os processos de Retomadas em U e V (já que em L, uma queda brutal do PIB e a econômica se movimentando por longo período bem abaixo da linha pré-pandemia, por exemplo, é o pior dos cenários, o que não acredito venha a ocorrer no Brasil).
Numa retomada em U (que é o que os “especialistas” estimam para o país): parte-se da linha de base pré-corona, projeta-se uma queda acentuada do PIB, que no Brasil está estimada entre 6,4% (BC) e 9,1% (FMI) e uma retomada, gradativa e relativamente lenta do PIB, inicialmente para se chagar ao mesmo estágio que o país se apresentava no início da pandemia e, nesse caso, onde o Brasil já apresentava crescimento, e cuja expectativa em Março para o crescimento já houvera sido ajustada de 1,7% para 2,4% para 2020. Nesse momento, o crescimento da arrecadação de tributos nos primeiros 2 meses do ano, apresentava um crescimento de 20% e as exportações da ordem de 6% em relação ao ano anterior.
A premissa, numa visão de U, onde após a queda acentuada do PIB temos uma retomada lenta, deve-se à desestruturação dos fundamentos da economia como um todo, onde se considera algo como a queda do emprego e da renda; a diminuição das demandas internas e externas; a redução de oferta; o ajustamento ao ambiente econômico global e diversos outros indicadores que fazem a “roda da economia” girar. O crescimento só acontece após a recuperação gradativa desses fundamentos/indicadores, o que pode ser demorado pois são efeitos provocados por causas estruturais que muitas vezes estão interconectadas e dependem de fatores, muitas vezes externos.
E como é a retomada em V, defendida por Paulo Guedes e que encontra diversos opositores (que também é parte da narrativa e, a verdade é que os “especialistas” erram muito, intencionalmente ou não. Mas o fato é que representam cerca de 10% apenas os que defendem essa previsão)?
Mesmo que tenhamos muitos motivos para ser pessimistas pois não resta dúvida que os indicadores produzidos por essa “pandemia fabricada” (me refiro ao uso que foi feito dela, principalmente) e todos os seus desdobramentos, ainda em curso, fazem o Ministro tem uma visão, com a qual concordo, que pode fazer a diferença por aqui: o que não quer dizer que não será um processo penoso e com imensos desafios econômicos, sociais, políticos e de “interesses Globais”.
A Razão para a visão menos pessimista (ou mais otimista) do Guedes é simples:
Mesmo que tenhamos uma queda bastante acentuada do PIB, como foi previsto, os fundamentos da nossa economia, que não foram dramaticamente modificados e certas posições estratégicas do país no cenário global, podem sim, representar uma recuperação muito rápida do PIB e que, por exemplo, já nos permita crescer novamente em 2021.
Uma dessas forças, por exemplo, e que tenho afirmado reiteradamente por aqui, é o agronegócio que, mesmo com a economia projetando uma queda tão acentuada, estima-se vá crescer algo em torno de 2,2% este ano.
Mas existem outros fatores estruturais...
Nesse caso vejo as PAUTAS POSITIVAS e as condições conjunturais favoráveis:
- Como informei em artigo anterior, apenas a conclusão da BR 163 (que estava parada há mais de 40 anos) representou uma queda nos preços de frete em torno de 20% o que tornou o Brasil ainda mais competitivo no cenário internacional, relativamente à comercialização de soja (onde o Brasil ocupa a primeira posição no Ranking mundial) e milho (onde o Brasil ocupa a terceira posição no ranking mundial), por exemplo.
- Em meio à pandemia, nossas exportações de proteína animal (suinocultura, por exemplo) apenas para a China, cresceu 70%. Claro que eles estão fabricando uma nova “peste suína” para deprimir os preços. Interesses econômicos como diz a expressão popular: “são fogo”. Nada muito diferente sobre “proteção ambiental”, “queimadas na Amazônia” e outros Lobbys “dos interesses globais” que concorrentes e que buscam o tempo todo nos denegrir/desestabilizar para nos atrasar ou deslocar.
- Tenho dito que os planos de “socorro” econômico ao redor do mundo, vão injetar uma liquidez sem precedentes nos países. São trilhões de dólares o que fará o planeta consumir muito mais alimentos. Essa injeção de recursos por aqui, promovida pelo Governo do Brasil, não apenas vem salvando vidas como minimiza o desemprego (que afeta o consumo pelo fator renda). O Brasil deverá ser um dos maiores fornecedores dessa demanda adicional de alimentos. Lembrando o efeito multiplicador que o agronegócio tem na nossa economia como um todo, impactando vários setores.
- A política cambial do Ministro Guedes, mantendo o dólar elevado e os juros baixos, terão um impacto monumental, tanto no ingresso de divisas quanto na gestão da dívida pública (que já apresenta resultados espetaculares). O que será ainda mais necessário num momento em que a dívida pública se aproxima de 90% do PIB.
- A Selic, que atingiu a menor taxa da história chegando a 2,25% a.a. representa uma economia de juros da dívida pública que já se situa em torno de 250 bilhões e deverá superar, estima-se, a casa dos 400 bilhões até 2022 no governo Bolsonaro (a previsão poderia ser melhor se o endividamento não fosse impactado pela pandemia). E, além disso, a diminuição do Estado e as desregulamentação representarão uma sensível diminuição das despesas do Estado e, some-se a isso, a política de privatizações e o fato do Brasil ser elencado entre os 25 melhores países para se investir.
É claro que existem muitos desafios e imponderabilidades (e muitas armadilhas):
- O comportamento do vírus e o surgimento de uma vacina, por exemplo, pode agravar ou melhorar esse quadro de incertezas.
- O gerenciamento do socorro financeiro que o Governo teve que fazer e que se aproximou da casa de um Trilhão de Reais, aumentando a dívida e o déficit corrente.
- Os lobbys que já se movimentam agressivamente no sentido de afetar nosso agronegócio (como citei). Um jogo sujo que tenta inclusive, promover a desestabilização/demissão de ministros como o Salles e o Ernesto Araújo.
- O alinhamento do Governo a lideranças políticas importantes, principalmente quando estamos prestes a substituir os presidentes das casas legislativas.
- O gerenciamento do processo de ativismo político no STF num ano em que a própria configuração do supremo vai sofrer mudanças pela aposentadoria do Celso de Mello.
- A manutenção do apoio e da mobilização popular que está com o presidente e que parece não apenas se manter como vem crescendo.
Enfim, não dá para esgotar aqui todos os fatores, mas há fortes razões para acreditar que o PAULO GUEDES possa acreditar e defender uma visão de RECUPERAÇÃO EM V.
Parece que os fundamentos da nossa economia apresentam uma conjunção de fatores que vem se alinhando para que GUEDES afirme:
QUE “O BRASIL DEVERÁ SURPREENDER O MUNDO”.
JMC Sanchez
Articulista, palestrante, fotografo e empresário.