Um depoimento sobre a conduta do jornalista Oswaldo Eustáquio de quem o conheceu no exercício da profissão
09/07/2020 às 07:37 Ler na área do assinanteMeu primeiro contato com Eustáquio foi quando ele me telefonou para me entrevistar sobre a queda do secretário Alvim (Roberto Alvim, ex-secretário nacional de cultura do governo Jair Bolsonaro).
Eu era chefe de comunicação da Secretaria da Cultura e estava sendo caluniado. Tentavam imputar a mim um ato que coube exclusivamente ao secretário.
Eustáquio foi correto e probo. Ouviu a verdade da minha boca, checou as inúmeras provas e as publicou, deixando claro ao leitor minha inocência. Não ataquei e nem acusei ninguém, apenas me defendi das acusações.
Não digo isso para voltar a um assunto que, espero, está morto e enterrado, mas para deixar claro que tive a melhor das impressões de Eustáquio.
Ele soube me ouvir, soube pesar os fatos, também ouviu outros envolvidos, e só depois publicou sua matéria.
E mais: ele não colocou em minha boca nenhuma palavra que eu não tivesse dito, e nem distorceu ou retalhou minhas declarações, retirando-as de contexto - prática tão comum no jornalismo brasileiro.
Noutras palavras, Eustáquio agiu como o jornalista profissional que é; e não como os blogueiros que o STF protege, a exemplo do proprietário da produtora de ficções The Intercept.
Também me desperta simpatia o fato de Eustáquio se assumir cristão e conservador, não escondendo de seu público sua fé e seus valores. Porque apenas os canalhas dizem que fazem jornalismo "isento".
Jornalismo nunca é isento. Ou diz a verdade ou mente, e nessas duas ações não há isenção, pois a verdade está com o conservadorismo e a mentira está com o progressismo.
Com o STF em seus calcanhares e tentando alcançar sua jugular, o fato de vagabundos insistirem em chamá-lo de "blogueiro", negando-lhe a nomenclatura de sua profissão, é o menor de seus problemas.
Porém, Deus abre portas aos seus. Ele ganhou muito mais projeção. Se ele desejar, também tem a carreira política como uma opção; e, ao fim, dez dias na cadeia sem ter cometido crime nenhum apenas enriquece seu currículo, e na mesma medida em que empobrece a biografia de quem o persegue.
Marco Frenette