Em 2012, Bolsonaro já estava preocupado com a questão da “liberdade” que hoje está sendo ultrajada
05/07/2020 às 18:47 Ler na área do assinanteNuma carta enviada a Revista Veja em 2012, o cidadão Iramar Benigno Albert Junior, morador de Recife (PE), manifestava sua indignação com a decisão do Supremo Tribunal Federal que havia absolvido o publicitário Duda Mendonça.
Eis o texto da carta enviada a revista:
“O STF deixou claro ao absolver o publicitário Duda Mendonça e sua sócia, que qualquer brasileiro pode receber milhões de dólares no exterior, como pagamento de despesas feitas no Brasil, sem comunicar o fato ao Banco Central, que não será crime de evasão de divisas ou lavagem de dinheiro, principalmente se for dinheiro público roubado. Que vergonha!”.
Para sua supresa, alguns dia depois da publicação da carta, Iramar recebeu uma correspondência enviada pelo então deputado Jair Bolsonaro.
Em sua missiva, Bolsonaro dizia o seguinte:
“Cumprimento pela carta publicada na Revista “Veja”, cuja seção é uma das fontes que inspira meus trabalhos legislativos, em Brasília.
Com o julgamento, pelo STF, que foi considerado o maior escândalo patrocinado pelo Executivo Federal, na busca de poder absoluto em conivência com o Legislativo, pode-se constatar a real face daqueles que afirmam terem lutado para implantar uma democracia em nosso país.
Por tal motivo, tomo a liberdade de lhe encaminhar uma reprodução do encarte da Revista Seleções do Reader’s Digest de novembro de 1964, sob o título: “A NAÇÃO QUE SE SALVOU A SI MESMA”, de autoria do jornalista Clarence W. Hall.
Preocupa-me ver a nossa liberdade ameaçada, motivo pela qual rogo a leitura do citado artigo que poderá levar à conclusão de que o restabelecimento da verdade poderá ser o antídoto da atual ameaça.”
O que se vê é que nessa época, o então deputado já se preocupava com a nossa liberdade, coisa que tentam de todas as formas nos retirar nos dias de hoje, com as atitudes nada democráticas do STF e a famigerada lei das Fake News, aprovada recentemente no Senado e que se não for derrubada na Câmara, deverá ser vetada pelo presidente da República.
A luta é árdua e incessante.