“365 dias” revela que as feministas não representam as mulheres e que os homens precisam se olhar no espelho

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Enfim assisti ao "365 dias", o filme que causou "frisson" na internet.

Fiquei curioso, confesso. Enquanto feministas criavam abaixo assinados pela retirada do filme da plataforma de streaming e homens criticavam (com ar de despeito) a atenção dedicada ao assunto, as mulheres iam ao delírio. Assim, o título se mantém entre os mais assistidos da Netflix, desde o lançamento.

Não é uma obra de Coppola, Kubrick ou Scorsese. Longe disso! É uma mistura de "A Bela e a Fera" com "Emanuelle". Ruim como pornô, pior como romance. O sucesso estrondoso desta película tosca, porém, revela muito sobre os rumos da nossa sociedade.

Primeiro: As feministas não representam as mulheres. Enquanto meia-dúzia de ativistas fizeram protestos contra o longa polonês, milhares e milhares de mulheres mantêm-no, por semanas, entre os "Top 10". A maioria absoluta, então, não endossou a "problematização" das ativistas.

Segundo: Os homens precisam se olhar no espelho, antes de criticarem os "gostos peculiares" das mulheres. É normal "desejar" um psicopata dominador, quando os seus companheiros estão usando máscaras dentro de um carro fechado.

Os machos foram emasculados pelo politicamente correto. A masculinidade que era exaltada nos "mocinhos" de outrora, hoje, ficou relegada aos "vilões". E atitudes masculinas são importantes. Tanto que as próprias feministas aplaudem quando as mulheres tomam as atitudes que repudiam nos homens.

Por mais que insistam em nos empurrar conceitos modernos, criados e imaginados por "intelectuais", estes só funcionam no "fantástico mundo da biblioteca". Aqui, na realidade, fora da "torre de marfim", ainda somos animais e, independente dos milhões de anos de evolução e dos milhares de anos que saímos das cavernas, ainda respondemos a instintos básicos.

E isso está sendo comprovado na prática, nos países nórdicos, onde existe a maior equidade entre os gêneros. Depois do "boom" feminista, as mulheres estão voltando a procurar carreiras que sempre foram consideradas "de mulher", que compreendem funções como educação, organização e cuidados.

A função masculina é prover, proteger. Biologicamente, portanto, são essas as características "desejadas" nos homens. Em um mundo lotado de "Soy Boys", o sucesso estrondoso de Massimo é apenas a natureza mostrando que não tem ideologia.

"O instinto é uma coisa maravilhosa. Ele não pode ser explicado nem ignorado." (CHRISTIE, Agatha)
Foto de Felipe Fiamenghi

Felipe Fiamenghi

O Brasil não é para amadores.

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