Fachin e a temerária proposta de "anular" o poder religioso
02/07/2020 às 05:44 Ler na área do assinanteEntão você não acredita na sua Suprema Corte? Essa foi a pergunta feita pelo Ministro Marco Aurélio ao jornalista José Nêumanne Pinto no programa Roda Viva. Gente do céu, a resposta dele me representou:
“Não! Não, acredito”.
Putz! Nêumanne, você foi a voz do Brasil. Os Ministros precisam saber que, nem você, nem eu, nem a nação acredita neles. Por quê? Vou dar o último motivo da proposta feita por um ministro do Supremo: abuso do poder religioso. Vê se tem lógica.
O que Bolsonaro e o presidente Donald Trump tem em comum? A base cristã.
Tanto por essas bandas como na terra do tio Sam os cristãos foram fundamentais nas eleições passada. Lá, vota quem quiser. Não é obrigatório. Mas, na última corrida eleitoral aconteceu um fenômeno, o povão, entrou na fila, fez campanha, uma legítima preocupação sobre quem seria eleito. Sim, a Esquerda também assustou o povo americano.
A mensagem libertina, a defesa ao ateísmo, a valorização aos filósofos em detrimento aos teólogos, a campanha de Donald Trump se tornou um objetivo de alcance obrigatório principalmente pelos cristãos.
Por aqui também foi assim. Os cristãos, seus líderes, pastores e padres, quase por desespero partiram para cima da campanha, tinham que eleger Bolsonaro, a única voz em defesa dos conservadores. Após a vitória, ficou nítido a participação do poder religioso no processo eleitoral. Assim como Donald Trump, Bolsonaro, foi eleito pelo trabalho eficaz e desesperado dos cristãos. Todos sabem disso. Né?
Os poderes sabem. A mídia desonesta sabe. Os caras que se acham os donos do Brasil. Oh sim, os donos do Brasil: Supremo Tribunal Federal, sabe. E, tem mais, toda essa gente tá consciente que o presidente se tornou ainda mais popular depois de eleito.
Mesmo com a investida contrária, a base não foi atingida. Ou seja, ate 2022, precisa ser feito algo eficaz, caso contrário, já era e Bolsonaro vence as eleições no primeiro turno. Essa investida na tentativa de enfraquecer o Poder Executivo e os conservadores, agora, nem é disfarçada, é feito na cara de todos. Prova disso é o surreal processo da “Fake News”. Um escândalo. O incrível ataque a liberdade de expressão, literalmente contra os apoiadores de Bolsonaro. Um Supremo político, um Congresso omisso, uma mídia viciada lutando em favor da manutenção do estilo de governar antigo. Todo sistema aparelhado para derrubar o homem da voz conservadora.
Isso é tão transparente que o apresentador, Ernesto Lacombe, foi demitido da Band após ter confessado ser conservador. Observe que, a emissora não considerou o aumento da audiência, ela demitiu e pronto, na cara dura, sem o mínimo disfarce. É o sistema se roendo para manter a conquista do território que por sinal, perderam e nem perceberam.
Veja se não é, Lacombe, está prestes a conseguir um novo contrato com o SBT diante dos aplausos do povo brasileiro. O jornalista vai ficar mais forte. Assim como, se torna “mais forte” quem se aproxima do conservadorismo e “desmantela” quem se posiciona contra por um simples motivo: o Brasil é conservador.
O Estado deve ser laico, mas, jamais, o povo concordará ser laicista. Tem medo da esquerda voltar. Portanto, a base que elegeu o presidente se move todos os dias e não são robôs, nem perfis fakes. Não é uma base inerte que fica observando o vento, é o povo cristão, ou seja, quase a totalidade dos brasileiros. A base que elegeu Jair continua fazendo campanha e ganhando votos.
Entendo o Supremo achar estranho tanta gente em defesa de um político, isso é novo. Mas, eles precisam acordar para realidade, o povo conservador tá se auto protegendo.
Dá pra você entender agora o motivo que fez o Ministro Edson Fachin propor a lei do Abuso do poder religioso? Sim, a ideia é deslocar a base conservadora. Como afirmar que não é esse o objetivo, se a confiança na corte não existe?
A leitura que a população faz do Supremo é: um poder tentando a todo custo derrubar os conservadores. Pode até não ser essa a intenção, mas é isso que transparece. Ainda mais que, na próxima corrida eleitoral, milhares de novatos assumirão desde o Congresso até as prefeituras do país e as velhas raposas serão dispensadas. E, quem promoverá tamanha transformação será o Poder religioso. Sim, Fachin, já percebeu, os cristãos tem poder.
Portanto, a proposta do ministro tem meta: anular o poder religioso. Caso o pastor, ou padre, ou o irmão influente vença as eleições, a chance de perder o mandato é grande, pois, é óbvio que o apoio principal serão os fiéis. A base de Bolsonaro será diretamente afetada caso essa lei seja firmada. Por isso, o presidente Donald Trump, através de decreto, derrubou uma lei nos EUA que proibia o líder religioso falar no púlpito ou arredores em nome do candidato.
Pois é, por aqui a coisa funciona nos moldes antigos. O líder religioso que falar na tribuna ou nos arredores sofrerá punição. Mas, Edson Fachin, não está satisfeito e pretende piorar um pouco mais.
Bom, meu aviso tá dado: não se cale nem se curve ante esse preconceito. Mesmo porque, teu voto pode não ser respeitado futuramente simplesmente por que o candidato pertence a sua congregação.
Fontes:
Josinelio Muniz. Formado em Teologia pela faculdade Teológica Logos – FAETEL, matéria que leciona na Comunidade Internacional da Paz, Porto Velho – RO. Bacharel em Direito pela Uniron e Docente Superior pela Uninter.