João Santana, o marqueteiro que sempre desprezou a ética e a decência
27/02/2016 às 02:39 Ler na área do assinanteO advogado de João Santana afirmou que quem cuidava de toda a questão financeira era Mônica Moura, a esposa.
Santana, segundo as palavras de seu defensor era um ‘criador’ e não se preocupava, nem entendia das questões burocráticas.
Depois, corroborando essa tese, o marqueteiro afirmou ao juiz que não sabia a origem do dinheiro depositado no exterior, nem tampouco tinha conhecimento que tinha que declará-lo na Receita Federal do Brasil.
Analisando a postura de João Santana como marqueteiro, não há como se acreditar em uma só palavra do que disse.
Aliás, como marqueteiro, ele começou muito mal, digo isto analisando a questão ética, que inclui o respeito que qualquer um tem que ter até pelos seus adversários.
Sua primeira campanha foi em Mato Grosso do Sul, em 2002, quando Delcídio do Amaral entrou como ‘azarão’ na disputa para o senado. Seu adversário era muito forte e Delcídio, na época, um ilustre desconhecido.
Pedro Pedrossian, três vezes governador, o maior nome da história política do estado, que iniciou a campanha como franco favorito, foi derrotado pelo petista.
O ponto vulnerável atacado por Santana e que na época colou, era uma eventual senilidade de Pedrossian.
Daí, surgiram inúmeras histórias e conseguiram incutir na cabeça do eleitor que o ex-governador estava ‘gagá’.
Pedro Pedrossian está vivo até hoje, esnobando lucidez.
Na recente eleição de 2014, o que fizeram com Marina Silva foi criminoso. E na disputa com Aécio, o que importava era ganhar a eleição, dane-se o país, o povo, a ética e a decência.
Assim, pela sua postura e pela maneira que vem conduzindo sua carreira, não dá para se acreditar em uma só palavra desse discurso de que era tão-somente um ‘criador’.
Amanda Acosta
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