Quando se aventou a hipótese de que o ‘Petrolão’ teria financiado o ‘Mensalão’, foi um choque. A partir daí, verificou-se que os valores envolvidos naquele que até então era o maior escândalo de corrupção na história do Brasil, eram simplesmente irrisórios se comparados com o criminoso acharque que se abateu sobre a maior empresa brasileira.
Hoje, percebe-se que os tentáculos de ‘Petrolão’ tinham alcance até então inimagináveis, extrapolando as nossas fronteiras.
É o que se extrai a partir do depoimento que prestou nesta quarta-feira (24) à Polícia Federal, Mônica Moura, mulher e sócia do marqueteiro João Santana.
A publicitária afirmou que a Odebrecht usou caixa dois para pagar grande parte da campanha do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez.
Os pagamentos foram feitos através das mesmas offshores que os investigadores da Lava-Jato dizem ter sido usada pela empresa para pagar propina aos ex-diretores da Petrobras, Renato Duque e Paulo Roberto Costa.
A campanha de Chávez, segundo Mônica Moura, teria custado US$ 35 milhões. Os pagamentos saíram da Odebrecht através das offshores Klienfeld e Shellbill.
As offshores Klienfeld e Shellbill eram utilizadas para depósitos de dinheiro oriundo do Petrolão.
Mônica Moura, em 2011, recebeu cerca de US$ 4 milhões devidos pela campanha de Chaves. Ela teria sido orientada por uma pessoa não identificada a procurar Fernando Migliaccio para resolver os pagamentos relativos da Odebrecht. Segundo as investigações da Lava-Jato, Migliaccio é o operador de propinas da Odebrecht no exterior.
A publicitária afirmou ainda, que estava tentando regularizar a situação financeira dela no exterior desde 2014, mas que aguardava a promulgação da lei da repatriação para declarar os depósitos na Suíça.
da Redação
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