A perseguição e a censura estão chegando a um ponto sem volta no Brasil e derrubam até “vaquinha”
25/06/2020 às 11:39 Ler na área do assinanteDesta vez, um site criado única e exclusivamente com o objetivo de organizar a realização das famosas "vaquinhas online" para atender determinada pessoa ou grupo, se recusou a exercer a função confiada ele, por pressão externa de agentes que perseguem e censuram sem qualquer cerimonia, quem "ousa" apoiar o presidente Jair Bolsonaro.
Estou falando do site Vakinha, uma empresa que acaba de quebrar o principal elo de relacionamento com o cliente, que é a confiança. E do grupo “300 pelo Brasil”, ao qual não cabe a mim julgar se são ou não extremistas de direita (como assim o pré-julgam o STF, setores do Legislativo e toda a grande mídia descontente e de caráter duvidoso).
Pois foi em um serviço utilizado pelo segundo, na plataforma online oferecida pelo primeiro, que se arrecadou cerca de 71 mil reais em doações para a manutenção das atividades do grupo. E as tais "pressões externas" fizeram com que o Vakinha simplesmente decidisse não apenas a bloquear o valor arrecadado, como também a devolver aos doadores.
Se não bastasse, comunicaram ainda à grande mídia que devolveram os valores aos doadores, mas que, sob orientação do departamento jurídico, estariam dispostos a quebrar, olha só que absurdo, os dados sigilosos dos contribuintes a fim de repassa-los às autoridades que investigam as ações do 300 pelo Brasil.
A justificativa, colaborar com as investigações movidas pelo STF contra os que querem o fim da democracia e "seus financiadores".
Estaria eu enganado ao afirmar que tal decisão rompe com qualquer garantia de direitos individuais?
Não estariam, cada um dos contribuintes, sendo expostos indiscriminadamente e tornados criminosos, da noite para o dia, ao terem seus dados repassados a outros, sem qualquer direito a saber do que são acusados, sem mandados, processos, um documento entregue por um oficial de justiça ou algo do gênero?
Não estariam estas pessoas se sentindo censuradas quando proibidas de colaborar com algo em que acreditam de fato?
Agora, o outro lado. Alguém aqui ainda confiaria em iniciar uma campanha de arrecadação nesta plataforma ... nesta empresa ... que não cumpre o papel ao qual se dispôs?
Você confiaria em digitar dados pessoais neste site, sem a garantia de que eles seriam mantidos em sigilo? Fica a questão.
A censura da toga, de fato, não tem limites e surpreende a cada dia em seu modus operandi.
Mario Abrahão. Jornalista.