Começa a se desenhar a absolvição de Delcídio no Conselho de Ética

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O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), cujo nome havia sido anunciado em dezembro como relator do processo de cassação do ex-líder do governo, Delcídio do Amaral,  foi afastado do cargo. A troca de relator foi acatada por unanimidade.

Na próxima semana será escolhido o substituto.

No dia seguinte em que o senador petista foi solto, fonte do Jornal da Cidade Online garantiu que na negociação envolvendo o silêncio de Delcídio - durante o período em que ele ficou preso e resistiu a um acordo de delação premiada - este obteve a garantia de que seu mandato seria mantido. Ontem (24), em Brasília, ele teria dito a um interlocutor que o seu maior temor, com uma eventual cassação, era tornar-se reú comum e ter o seu processo encaminhado para a 10ª Vara Federal Criminal em Curitiba, ou seja, para as mãos do juiz Sergio Moro.

Com a destituição do relator já sacramentada, que certamente votaria a favor da cassação, começa a se desenhar nitidamente a absolvição de Delcídio no conselho de ética. 

A linha de defesa de Delcídio para evitar a cassação, já anunciada por seu advogado, o ex-ministro do STJ, Gilson Dipp, tem como ponto principal a tese de que a atuação individual do senador nas conversas captadas pela gravação de Bernardo Cerveró não estaria vinculada ao mandato parlamentar e teve reflexos diretos para ele próprio, e não para a imagem do Senado.

Por esse argumento, o único prejudicado teria sido o próprio Delcídio, sem no entanto acarretar em uma quebra de decoro.

da Redação

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