Por que as pessoas seguem se submetendo à estupidez do isolamento?
19/06/2020 às 05:35 Ler na área do assinantePor mais tedioso e enfadonho que possa ser, parece-me que precisamos insistir na defesa da realidade em detrimento de “narrativas”. Refiro-me, aqui, particularmente à questão do ‘isolamento social’, ou seja, do lockdown que nos foi imposto sem qualquer justificativa robustamente científica.
Baseado em uma narrativa útil ao propósito do ‘deep state’ e da esquerda, especialmente ao objetivo de causar o caos econômico e consequente miséria da maioria, tal isolamento tem sido conduzido sob a tirania de indivíduos ineptos e desqualificados (denominados “especialistas”) para decisões dessa magnitude, para os quais em nada importam os milhões (talvez bilhões, se pensarmos em termos mundiais) de vidas que serão arruinadas ao longo desse período de trevas em que imergimos desde que tais “especialistas” passaram a orientar as políticas públicas voltadas à pandemia.
Mas, cabe perguntar: por que as pessoas estão se sujeitando a um isolamento cujos danos são incomparavelmente devastadores em relação ao mal que o COVID-19 possa eventualmente causar?
Em primeiro lugar, julgo importante entendermos do que trata a ciência. Afinal, tais ungidos se dizem “cientistas”, isto é, afirmam estarem baseando suas decisões apenas na ciência. Mas, cabe perguntar: será que estão mesmo?
Com efeito, ciência envolve conhecimento. Portanto, ela expressa um aspecto inerente à natureza humana mesma, um aspecto sistematizado por Aristóteles da seguinte maneira: “o homem tem, por natureza, desejo pelo saber”.
Eis, então, a base da ciência: vontade de saber. Graças a essa vontade desenvolvemos modelos científicos para compreender a realidade, tecnologias que tornam nossas vidas mais confortáveis e saudáveis, etc.
No decorrer desse desenvolvimento abandonamos modelos ineficientes, aperfeiçoamos as tecnologias de outrora, e assim por diante. E isso se deu por uma razão bem simples, a saber: a ciência difere do dogma. Ciência significa dissenso, debate, etc.
Ou seja, modelos científicos podem (na verdade devem) ser objeto de escrutínio e crítica. Cabe, quando se está realmente buscando pela verdade, ao invés de impedir a mudança e a discussão, aceitar que certos modelos podem estar errados, ou seja, que não se identificam com a realidade. Cabe, pois, cedermos e seguirmos adiante, ampliando nosso conhecimento da realidade. No entanto, pergunto: há cientificidade na atual narrativa em defesa do isolamento?
Se observarmos que todo aquele que questiona o isolamento tem sido silenciado, como pode ser observado nas redes sociais, Facebook e Youtube, por exemplo, em que tais plataformas têm excluído argumentos divergentes, parece-me que estamos, sim, diante de uma narrativa que se impôs dogmática e tiranicamente.
Dito de outra forma, não estamos diante de uma postura científica, mas de uma narrativa convenientemente articulada pela elite econômica mundial (‘deep state’) e pela esquerda, a qual se tornou uma conveniente vassala do ‘deep state’, o qual é formado hegemonicamente por aqueles que “mexem os pauzinhos” por detrás das cortinas.
Se há alguma dúvida, atentem para o seguinte: conforme relatório da CNBC (‘Consumer News and Busines Channel’), baseado em dados da Forbes, os principais bilionários, e isso apenas nos USA, acrescentaram às suas fortunas $434 bilhões de dólares entre março e maio últimos.
Jeff Bezos (Amazon) ficou $34.6 bilhões de dólares mais rico. Mark Zuckerberg (Facebook) ficou $25 bilhões de dólares mais rico nesse mesmo período. A lista ainda inclui Bill Gates (Microsoft), Warren Buffett (Berkshire Hathaway), Larry Ellison (Oracle Corporation), et al.
Ou seja, nem todos estão realmente sofrendo com a pandemia e suas consequências, as quais são certamente danosas para a maioria. Assim, os 1% da população hoje se beneficiam não da liberdade econômica (capitalismo), mas do intervencionismo. Eis a escancarada “aliança” entre a esquerda e esses 1% mais ricos do mundo.
A agenda da esquerda é altamente lucrativa para a elite econômica global, a qual não deseja liberdade econômica, mas intervencionismo, cerceamento da liberdade em todas as suas formas. Afinal, liberdade econômica implica em mobilidade social, econômica.
Famílias como os Rothschilds, os Rockefellers, os Morgan, para nomear algumas das mais antigas, não querem mobilidade econômica e social ou, mesmo, competição. Elas apenas querem mais riqueza e poder.
Na verdade, elas querem formar uma espécie de governo único mundial (‘nova ordem mundial’). E para isso criaram, ao longo do século XX, inclusive, diversas instituições. Mas o fato é: os ‘megacapitalistas’ são hostis à essência mesma do capitalismo (economia de mercado): liberdade e mobilidade.
Portanto, obviamente, essa elite não deseja mobilidade. Ela deseja ficar “congelada” no restrito grupo dos 1% mais ricos (talvez reduzindo esse percentual). E é aqui que a esquerda lhes serve como um conveniente e subserviente instrumento, assegurando um “capitalismo de compadrio”.
Mas, voltando à questão que me motivou a escrever esse texto, a dos “especialistas” e da sua enganadora ideia de “cientificidade”, pergunto: se não estivéssemos sendo condenados por sujeitos medíocres e suas idiossincrasias, qual a razão para ignorarmos pesquisadores importantes, como aqueles que listarei abaixo (vou acrescentá-los ao terminar esse texto), dentre os quais temos mesmo um prêmio Nobel?
Vejam. O que me atemoriza é o fato de que essas vozes altamente qualificadas estão sendo simplesmente silenciadas, ao passo que, por outro lado, estão sendo concedidos megafones aos medíocres, ainda que suas “previsões” não se concretizem (sua narrativa não coincide com a realidade).
E o problema é que, enquanto os medíocres gritam em seus megafones, os sábios discursam sem que suas falas sejam escutadas. Ou seja, não há diálogo aqui. Consequentemente, não há ciência.
Como o intelectualmente inábil sabe que não há como discutir com os fatos e argumentos levantados pelos autores que acrescentarei abaixo, ele simplesmente os ignora. Um dos aspectos mais estarrecedores é o domínio da narrativa bramida nos megafones, mesmo que a mesma seja causa de uma hoje evidente tragédia humanitária.
Para que se tenha uma ideia da tragicomédia em que hoje estamos imersos, há governadores e prefeitos dando atenção a sujeitos motivados por idiossincrasias políticas (de esquerda) e sem qualquer formação na área, sem artigos e pesquisas, por exemplo, e com estudos voltados a temas tão distantes do que é relevante para a discussão em torno da pandemia como, por exemplo, “padrões de atividade física” (sim, assim como youtubers, jornalistas, “artistas” estão substituindo os cientistas e a ciência, também se juntaram a eles educadores físicos).
Resta evidente que tais sujeitos não são apenas intelectualmente ignóbeis (dada sua arrogância e dogmatismo), mas são também moralmente abjetos, pois insistem em uma narrativa cujos danos humanitários são imensuráveis. Sua narrativa não se sobrepõe apenas à ciência, a vilipendiando, mas às pessoas.
Assim, tais sujeitos, desvalidos moral e intelectualmente, usam do terror (aspecto emotivo) para convencer as pessoas de que elas devem se submeter à sua narrativa. Esses são os mesmos que diziam, à época da reforma da previdência: “vocês vão morrer trabalhando”.
Agora dizem o mesmo noutro contexto (“vocês vão morrer trabalhando se voltarem a trabalhar”). Notem esse ponto: eles sempre recorrem às nossas emoções mais primitivas, nesse caso, ao medo da morte, um medo muitas vezes injustificado, especialmente se considerarmos que a maioria das pessoas sequer se pergunta pelo sentido da vida (logo, viver para que?).
Assim, uma vez que não possuem razões para oferecer, impõem sua narrativa pelo medo, mesmo quando ela não se adéqua à realidade, como quando, por exemplo, foi dito pelos mesmos ungidos que, ao reabrir seu comércio, a cidade de Pelotas (quarta mais populosa do RS) teria “muitas mortes”.
Pois bem, o comércio reabriu em 23 de abril e até esse momento, felizmente, não foi contabilizado óbito algum (por COVID-19) na cidade. Agora, pergunto: e se a prefeitura houvesse seguido os ungidos e tivesse mantido o comércio fechado?
Certamente teríamos mais desemprego (miséria) e empresas fechadas, certo? Pois é, os mesmos ungidos que tentaram manter a cidade em lockdown querem, pasmem, manter o país (talvez o mundo) em lockdown. Desnecessário dizer que eles têm generosos proventos assegurados com recursos dos pagadores de impostos cujos empregos eles estão destruindo.
Nesse sentido, se realmente estivermos dispostos a tomar decisões motivadas cientificamente, devemos não apenas considerar exemplos como o que citei acima, mas as posições de sujeitos altamente relevantes que discordam das medidas de lockdown que nossos torpes ungidos nos pretendem impor.
Abaixo seguem apenas alguns nomes, pois há milhares e eles estão, felizmente, conquistando (ainda que com dificuldade) espaço.
Vejam, antes de tudo, as credenciais desses pesquisadores e se perguntem: realmente devemos ignorá-los para dar atenção exclusiva a sujeitos desqualificados? Devemos continuar sob a tirania da estupidez? Devemos ocultar nossa opinião pelo receio de sermos acusados de “negacionismo”? Vejam os nomes abaixo e se perguntem: quem é realmente negacionista e anticiência?
Apresentarei como anexo a esse texto, então, uma lista com partes de suas falas a respeito do lockdown, para que todo aquele que seja acusado de ser anticiência os traga à tona e possa perguntar: quem são aqueles que estão realmente contra a ciência e contra a humanidade?
Primeiro, colocarei em destaque o nome do Professor Michael Levitt (Stanford University), o qual foi agraciado com o prêmio Nobel de química em 2013. Segundo ele tem demonstrado publicamente, o lockdown causou mais mortes do que salvou vidas.
Tendo previsto corretamente a escala inicial da pandemia, ele afirmou que a decisão de manter as pessoas isoladas foi motivada por pânico, não pela ciência. A isso eu acrescentaria, não apenas por pânico, mas por estupidez, idiossincrasias políticas e, claro, dinheiro (afinal, muitos têm a lucrar com a pandemia).
De qualquer maneira, segundo ele “o lockdown destruiu milhões de vidas”.
Outros nomes (anexo):
1. Dr. Sucharit Bhakdi: Especialista em microbiologia e Professor na Johannes Gutenberg University (Mainz), bem como chefe do Instituto de Microbiologia Médica e Higiene, sendo (ênfase nesse ponto) um dos cientistas mais citados na história da Alemanha. Ele diz:
“As medidas [isolacionistas] são grotescas, absurdas e muito perigosas (...) a expectativa de vida de milhões foi encurtada. O impacto horrível na economia mundial ameaça a existência de incontáveis pessoas. As consequências sobre os cuidados médicos são profundas. Já estão sendo cancelados serviços a pacientes que deles necessitam, operações foram canceladas (...) tudo isso impactará profundamente em toda a sociedade”.
Por fim, ele acrescenta:
“Todas essas medidas estão levando à autodestruição e ao suicídio coletivo baseado em nada, em um fantasma”.
2. Dr. Wolfgang Wodarg: Médico alemão especialista em pneumologia, ex presidente da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa.
Segundo ele, “políticos estão sendo assediados por cientistas ..... cientistas que querem se tornar importantes para conseguir dinheiro para suas instituições. Cientistas que querem nadar com o mainstream e querem parte disso (...) e o que está faltando agora é uma maneira racional de olhar para as coisas”.
Segundo ele, as questões fundamentais não estão sendo colocadas.
3. Dr. Joel Kettner: Professor na área de Ciências da Saúde Comunitária e Cirurgia na Manitoba University (Canadá), ex chefe de saúde pública de Manitoba e diretor médico do Centro Internacional para Doenças Infecciosas.
Ele diz:
“Nunca vi nada como isso, nada parecido com isso. Não estou falando da pandemia, pois já lidei com 30 delas, uma a cada ano. Ela se chama influenza. E outras doenças virais respiratórias, nós nem sempre sabemos o que são. Mas nunca vi essa reação, e eu ainda estou tentando entendê-la”.
“Eu estou preocupado com a mensagem para o público, sobre o medo de ter contato com pessoas, de dividir o mesmo espaço com outras pessoas, de apertar suas mãos, de encontrar pessoas. Estou preocupado com muitas, muitas consequências relacionadas com isso”. “Precisamos colocar as coisas em perspectiva”.
4. Dr. John Lee: Histopatologista no Hospital Geral Rotherdam e antigo professor de patologia no Hull York Medical School. Dr. Lee revela uma subnotificação dos casos de COVID-19.
Os números reais mostrariam que “o número real de casos de COVID-19 seria de 10 a 20 vezes maior, de tal forma que sua letalidade seria de 10 a 20 vezes menor”. Em seguida ele distingue, ainda, entre morrer “com” COVID-19 e morrer “devido ao” COVID-19.
Ele oferece exemplos:
“Uma mulher de 87 anos com demência em uma casa geriátrica, um homem de 79 anos com câncer na bexiga, um homem de 29 anos com leucemia fazendo quimioterapia, ... , todos desenvolveram infecções respiratórias e morreram. Todos testaram positivo para COVID-19. No entanto, todos eram vulneráveis à morte por infecções respiratórias de qualquer causa de infecção (incluindo gripe)”.
5. Dr. John Oxford: Virologista e Professor no Queen Mary, University of London. Ele é uma autoridade na pesquisa do influenza, incluindo gripe aviária e gripe espanhola de 1918. Também é expert em HIV/AIDS. Em uma entrevista recente ele disse que as pessoas deveriam assistir menos ao que é divulgado na mídia, a qual tem causado histeria. Segundo ele, o surto do COVID-19 se assemelha a uma epidemia de influenza de inverno.
Ele diz que “estamos sofrendo de uma epidemia midiática”.
6. Dr. Knut Wittkowski: Pesquisador e professor de epidemiologia. Trabalhou por 15 anos na epidemiologia do HIV, antes de chefiar por 20 anos o Departamento de bioestatística, epidemiologia e pesquisa do design na Rockfeller University.
Segundo ele, “a única coisa que pode parar a doença é a imunidade de rebanho. Em torno de 80% das pessoas precisa ter contato com o vírus, e a maioria deles sequer saberá que foi infectada, ou terão sintomas muito, mas muito amenos, especialmente as crianças. Portanto, é importante manter as escolas abertas e a crianças interagindo para espalhar o vírus e obter imunidade de rebanho o mais rápido possível”.
“Estamos experimentando todos os tipos de consequências contraprodutivas de políticas mal pensadas”
Ao final de sua entrevista ele ainda diz:
“Sou um epidemiologista por 35 anos, e tenho criado modelos de epidemias por 35 anos. É uma alegria ter a habilidade para ajudar as pessoas a compreenderem, mas tem sido uma luta ser escutado”.
7. Dr. Klaus Püschel: Patologista forense e antigo professor de medicina forense na Essen University. Atualmente é diretor do Instituto de medicina forense na University Medical Center Hamburg-Eppendorf.
Ele trabalhou em muitas autópsias dignas de nota, especialmente de descobertas arqueológicas. Mas o que interessa, aqui, é que, ao estabelecer uma distinção entre “mortes com COVID-19” e “mortes causadas pelo COVID-19”, o Dr. Püschel descobriu que o COVID-19 não causou tantas mortes como se tem divulgado.
Por essa razão ele afirma que o pânico em torno do vírus é desproporcional em relação a sua letalidade. Além disso, ele afirma que “o astronômico dano econômico não se compara ao perigo do vírus”. Após descrever que a maior parte daqueles que morrem “com COVID-19” já sofriam de câncer, doença pulmonar, eram fumantes, obesos, diabéticos, portadores de doenças cardiovasculares, ele afirma que “o COVID-19 é uma doença fatal apenas em casos excepcionais, mas na maioria dos casos é predominantemente uma infecção viral inofensiva”.
Por isso ele conclui que “todas as especulações sobre mortes individuais que não tenham sido examinadas habilmente apenas alimentam a ansiedade”.
8. Dr. Alexander Kekulé: Bioquímico alemão. É chefe de microbiologia médica e virologia na Martin Luther University Halle-Wittenberg desde 1999, sendo atualmente diretor do Institute for Medical Microbiology na University Hospital Halle.
Segundo ele, “é impossível esperar por uma vacina”. “(...) Baseado na experiência, eu diria que levaria um ano”.
“Não podemos ficar sob lockdown por seis meses ou um ano. Se fizermos isso nossa sociedade e nossa cultura serão arruinadas”.
“Pessoas abaixo de 50 anos são pouquíssimo propensas a morrerem ou adoecerem seriamente do coronavírus. Devemos deixá-las serem infectadas para desenvolverem imunidade”.
“[Em resumo], infectemos os jovens e isolemos aqueles em risco”.
9. Dr. Claus Köhnlein: Médico internista em Kiel, autor do livro “Virusmania”.
Ele afirma:
“Metade dos testes positivos podem estar errados. Testes PCA frequentemente mostram falsos positivos”. “No momento não se pode afirmar quão alta é a taxa de mortalidade”.
10. Dr. Gérard Krause: Chefe do departamento de epidemiologia no Helmholtz Centre for Infection em Braunschweig, bem como diretor do Institute for Infectious Disease Epidemiology no Twincore, Zentrum für Experimentelle und Klinische Infektionsforschung GmbH em Hannover. Também é coordenador do Programa de Pós-Graduação em epidemiologia do Hannover Medical School. Ele também coordena o Translational Infrastructure Epidemiology no German Centre for Infection Research (DZIF).
Eis algumas de suas afirmações:
“Devemos manter essas medidas sociais radicais tão curtas e baixas quanto possível, pois ela podem potencialmente causar mais doenças e mortes do que o coronavírus mesmo”.
“Embora meu foco seja em doenças infecciosas, acredito que é imperativo que consideremos o impacto sobre outras áreas da saúde e da sociedade. Como sociedade não devemos focar exclusivamente nas vítimas do coronavírus”.
“Sabemos que o desemprego, por exemplo, causa doenças e mesmo aumenta a mortalidade. Ele também pode levar as pessoas ao suicídio. Restringir liberdade de movimentação provavelmente causará um impacto negativo sobre a saúde pública. Não é simples calcular tais consequências diretamente, mas elas ainda assim acontecerão, e elas poderão ser mais sérias do que a própria infecção”.
11. Dr. Gerd Gigerenzer: Psicólogo alemão, professor de psicologia e diretor do Harding Center for Risk Literacy no Max Planck Institute for Human Development (Berlim).
Segundo ele, “a gripe suína de 2009 matou centenas de milhares, a maior parte na África e na Ásia”. Não obstante, a overdose de informações na grande mídia quanto ao “horror” do vírus levou políticos a medidas não baseadas em evidência. Ao fim, por exemplo:
“No Reino Unido o governo previu que morreriam em torno de 65 mil pessoas. Morreram menos de 500”.
Além disso, “todos os olhos estavam voltados para o novo, desconhecido vírus, e não para a proteção das pessoas quanto a ameaças mais letais, como o sazonal influenza, o qual em 2009 matou em uma magnitude muito maior do que a gripe suína. Ela ainda mata”.
E então ele coloca a pergunta:
“Por que estamos mais assustados com aquilo que é menos provável que nos mate?”
Noutra entrevista ele afirma:
“Quando a gripe suína se espalhou, muitos governos seguiram o conselho da Organização Mundial de Saúde e armazenaram o Tamiflu, um medicamento que foi comercializado para proteger contra as graves consequências da gripe. No entanto, muitos consultores especialistas da OMS mantinham laços financeiros com fabricantes de medicamentos, e ainda não há evidências de que o Tamiflu seja eficaz. Os EUA desperdiçaram mais de US $ 1 bilhão e o Reino Unido mais de $400.000 libras ($ 522.000 libras) com este medicamento - dinheiro que poderia ter sido investido na melhoria dos cuidados de saúde”.
12. Dr. John Ioannidis: Professor de medicina no Health Research and Policy e de Biomedical Data Science, na Stanford University School of Medicine. Também é professor de estatística na Stanford University School of Humanities and Sciences. Ele é diretor do Stanford Prevention Research Center, e co-diretor do Meta-Research Innovation Center at Stanford (METRICS).
Ele também é editor do European Journal of Clinical Investigation. Ele foi presidente do Department of Hygiene and Epidemiology, University of Ioannina School of Medicine, assim como professor na Tufts University, School of Medicine. Se não bastassem essas credenciais, ele tem mostrado que muitas pesquisas publicadas não oferecem bons padrões científicos de evidência.
Eis algumas de suas afirmações:
“Poderia a taxa de mortalidade de casos do Covid-19 ser tão baixa? Não, dizem alguns, apontando para a alta taxa de pessoas idosas. No entanto, mesmo alguns dos chamados coronavírus do tipo resfriado comum, conhecidos há décadas, podem ter taxas de mortalidade tão altas quanto 8% quando infectam idosos em casas geriatricas”.
“Se não soubéssemos sobre um novo vírus por aí e não tivéssemos verificado indivíduos com testes de PCR, o número total de mortes por ‘doença semelhante à influenza’ não pareceria incomum neste ano. No máximo, poderia ser notado casualmente que a gripe nesta temporada parece ser um pouco pior que a média”.
“Um fiasco em formação? À medida que a pandemia de coronavírus ocorre, tomamos decisões sem dados confiáveis”.
13. Dr. Yoram Lass: Médico israelense, político e antigo diretor geral do Ministério da Saúde. Também trabalhou como decano associado da Tel Aviv University Medical School.
Em suas palavras:
“A Itália é conhecida por sua enorme morbidade em problemas respiratórios, mais de três vezes do que em qualquer outro país europeu”.
“Em todos os países, mais pessoas morrem de gripe comum em comparação com aquelas que morrem de COVID-19”.
“Há um exemplo muito bom que todos esquecemos: a gripe suína de 2009. Esse foi um vírus que chegou ao mundo desde o México e até hoje não há vacinação contra ele. Mas o que? Naquela época não havia Facebook ou talvez houvesse, mas ainda estava em sua infância. O coronavírus, por outro lado, é um vírus com relações públicas. Quem pensa que os governos acabam com os vírus está errado”.
14. Dr. Pietro Vernazza: Médico suíço especialista em doenças infecciosas no Cantonal Hospital St. Gallen e Professor de políticas para a saúde.
Segundo ele, “temos números confiáveis da Itália e um trabalho de epidemiologistas, publicado na renomada revista científica Science, que examinou a disseminação na China. Isso deixa claro que cerca de 85% de todas as infecções ocorreram sem que ninguém percebesse a infecção. 90% dos pacientes falecidos têm mais de 70 anos de idade, 50% mais de 80 anos”.
“Na Itália, uma em cada dez pessoas diagnosticadas morre, de acordo com os resultados da publicação da Science, que é estatisticamente uma em cada 1.000 pessoas infectadas. Cada caso individual é trágico, mas geralmente - semelhante à estação da gripe - afeta pessoas que estão no fim de suas vidas”.
“Se fecharmos nossoas escolas, evitaremos que nossas crianças adquiram rapidamente imunidade”. “Deveríamos integrar melhor os fatos científicos com as decisões políticas”.
Além disso, recentemente o Dr. Vernazza escreveu um artigo demonstrando que não há evidência alguma dos supostos benefícios de as pessoas sem os sintomas do COVID-19 usarem máscaras.
15. Frank Ulrich Montgomery: Radiologista alemão, antigo presidente da Associação médica alemã e presidente da Associação Médica Mundial.
Com efeito, diz-nos ele:
“Eu não sou fã do lockdown. Quem impõe algo assim também deve dizer quando terminá-lo. Já que temos que assumir que o vírus estará conosco por um longo tempo, será que vamos voltar ao normal? Você não pode manter escolas e creches fechadas até o final do ano, pois levará pelo menos esse tempo até que tenhamos uma vacina. A Itália impôs um bloqueio e teve o efeito oposto. Eles rapidamente atingiram seus limites de capacidade, mas não diminuíram a velocidade da propagação do vírus dentro do lockdown”.
16. Dr. Hendrik Streeck: Pesquisador alemão do HIV e epidemiologista. Ele é professor de virologia e diretor do Insituto de Virologia e HIV da universidade de Bonn.
Conforme o Dr. Streeck, “o novo patógeno não é tão perigoso; é ainda menos perigoso que o Sars-1. O especial é que o Sars-CoV-2 se replica na área superior da garganta e, portanto, é muito mais infeccioso porque o vírus salta de garganta em garganta, por assim dizer. Mas isso também é uma vantagem: como o Sars-1 se replica nos pulmões profundos, não é tão infeccioso, mas definitivamente atinge os pulmões, o que o torna mais perigoso”.
“Você também deve levar em conta que as mortes de Sars-CoV-2 na Alemanha foram exclusivamente de idosos. Em Heinsberg, por exemplo, um homem de 78 anos com doenças anteriores morreu de insuficiência cardíaca e sem o envolvimento pulmonar de Sars-2. Desde que ele foi infectado, ele naturalmente aparece nas estatísticas do Covid 19. Mas a questão é se ele não teria morrido de qualquer maneira, mesmo sem Sars-2”.
17. Dr. Yanis Roussel e outros pesquisadores do Institut Hospitalo-universitaire Méditerranée Infection, Marseille e do Institut de Recherche pour le Développement, Assistance Publique-Hôpitaux de Marseille, que conduziram um estudo revisado por pares sobre a mortalidade do coronavírus para o governo da França.
Segundo eles:
“O problema da SARS-CoV-2 provavelmente está superestimado, pois 2,6 milhões de pessoas morrem de infecções respiratórias a cada ano, em comparação com menos de 4000 mortes por SARS-CoV-2 no momento da redação deste documento”.
“Este estudo comparou a taxa de mortalidade de SARS-CoV-2 nos países da OCDE (1,3%) com a taxa de mortalidade de coronavírus comuns identificados em pacientes com HAP (0,8%) de 1 de janeiro de 2013 a 2 de março de 2020. O teste qui-quadrado foi realizado, e o valor de P foi de 0,11 (não significativo)”.
“Os mesmos dados para SARS-CoV-2 estarão disponíveis em breve, o que reduzirá ainda mais o risco relativo associado a esta patologia específica”.
18. Dr. David Katz: Médico estadunidense e diretor fundador do Prevention Research Center da Yale University.
Em suas palavras, “estou profundamente preocupado que as conseqüências sociais, econômicas e de saúde pública desse colapso quase total da vida normal - escolas e empresas fechadas, reuniões proibidas - sejam duradouras e calamitosas, possivelmente mais graves do que o número direto do próprio vírus. O mercado de ações voltará com o tempo, mas muitas empresas nunca o farão. O desemprego, o empobrecimento e o desespero que provavelmente resultarão serão flagelos de saúde pública de primeira ordem”.
19. Dr. Michael T. Osterholm: Professor e diretor do Center for Infectious Disease Research and Policy da University of Minnesota.
Em suas palavras:
“Considere o efeito de fechar escritórios, escolas, sistemas de transporte, restaurantes, hotéis, lojas, teatros, salas de concerto, eventos esportivos e outros locais por tempo indeterminado e deixar todos os trabalhadores desempregados e ficarem à mercê da assistência estatal. O resultado provável será não apenas uma depressão, mas um colapso econômico completo, com incontáveis empregos perdidos permanentemente, muito antes de a vacina estar pronta ou a imunidade natural se estabelecer”.
“A melhor alternativa provavelmente implicará em permitir que pessoas com baixo risco de doenças graves continuem trabalhando, mantendo os negócios e a manufatura em operação e “administrando” a sociedade, ao mesmo tempo que aconselhando indivíduos de maior risco a se protegerem através do distanciamento físico e aumentando nossa capacidade de assistência médica o mais agressivamente possível. Com esse plano de batalha, poderíamos gradualmente criar imunidade sem destruir a estrutura financeira na qual nossas vidas se baseiam”.
20. Dr. Peter Goetzsche: Professor Professor de desenho do estudo e análise clinica na University of Copenhagen e fundador do Cochrane Medical Collaboration. Autor de diversos livros sobre a corrupção no campo da medicina e sobre o poder das grandes companhias farmacêuticas, ela afirma o seguinte:
“Nosso principal problema é que ninguém jamais terá problemas por medidas draconianas demais. Eles só terão problemas se fizerem muito pouco. Portanto, nossos políticos e aqueles que trabalham com saúde pública fazem muito mais do que deveriam [adotando essas medidas draconianas]”; “nenhuma dessas medidas draconianas foi aplicada durante a pandemia de gripe de 2009 e, obviamente, não podem ser aplicadas todo inverno, ... , pois sempre é inverno em algum lugar. Não podemos fechar o mundo inteiro permanentemente”.
“Se a epidemia diminuir em pouco tempo, haverá uma fila de pessoas querendo levar crédito por isso. E podemos ter certeza de que medidas draconianas serão aplicadas novamente na próxima vez. Mas, lembre-se da piada sobre tigres: ‘por que você toca a buzina?’ ‘Para manter os tigres afastados’. ‘Mas não há tigres aqui’. ‘Tá vendo?’
Carlos Adriano Ferraz. Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), com estágio doutoral na State University of New York (SUNY). Foi Professor Visitante na Universidade Harvard (2010). Atualmente é professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) na graduação e no Programa de Pós-Graduação em Filosofia, no qual orienta dissertações e teses com foco em ética, filosofia política e filosofia do direito. Também é membro do movimento Docentes pela Liberdade (DPL), sendo atualmente Diretor do DPL/RS.