O STF e as ações futuras que definirão se Bolsonaro conseguirá governar ou não
18/06/2020 às 19:08 Ler na área do assinanteObservem...
A justiça despreza suas responsabilidades constitucionais, despindo-se da toga, praticando metodologias próprias, pessoais, fisiológicas, ideológicas e político/partidárias. Sem o menor constrangimento.
A mídia nacional criou um consórcio de veículos de comunicação para informar ao público sobre o Coronavírus. Criou um centro de pesquisas e de dados sociais, financeiros, culturais, para alimentar nichos de todas as camadas sociais. Se não bastasse a seletividade de informações. Completa falta de profissionalismo.
Os políticos centralizaram apoio supra, intra, e interpartidário, independente de seus princípios e fundamentos ideológicos e sociais. Os governantes usam de suas máquinas públicas para atender interesses e estratégias internas de qualquer um que fizer par com eles, e que já extrapolam as fronteiras nacionais.
Instituições de ordens diversas, como as religiosas, classistas, científicas, econômicas e educacionais, entre outras, fogem de ideais para cooptar "soldados" para fins políticos.
Personagens políticos somem e aparecem do nada, conforme o balanço do barco, e sob o prisma oculto de suas ambições, trabalham com uma ordem que vive à espreita das oportunidades.
E, então...
O Brasil está passando por uma provação espetaculosa, quem sabe divina, mas que vai higienizar todas as suas entranhas enquanto nação. Isso leva tempo, estratégia, relacionamento, paciência e sabedoria.
O que importa, é que já passamos de 18 meses de governo, e até aqui, essas forças nebulosas do contra, muitas que já estavam alocadas nos mesmos lugares que ocupam hoje, não conquistaram nada de efetivo. Os eleitos, Bolsonaro e Mourão, continuam em seus postos, constitucionalmente franqueados e legitimados. Tomam pancadas numa face e oferecem a outra. E desmascaram, um a um, pelo caminho.
O que vem por aí...
Entendo que os próximos meses serão fundamentais para nosso futuro. Alinhei alguns eventos importantes, que podem definir muito para o governo, enfim, governar.
Linha do tempo futuro:
* 4/Out/2020 - Eleições municipais (TSE e CN avaliam alterar a data para 15 de novembro e 20 de dezembro) ;
* 1/nov/2020 - Celso de Mello deixa o STF;
* 3/nov/2020 - Eleições americanas;
* 31/jan/2021 - Rodrigo Maia e David Alcolumbre podem deixar a presidência da Câmara e do Senado, respectivamente.
Pedras no caminho...
Por outro lado, outros fatores podem antecipar decisões, e tudo pode correr de forma mais traumática, sob o ponto de vista democrático e social.
Duas ações estão acontecendo de forma simultânea no país.
- O exército amplia treinamento p/GLO no Brasil. Matéria amplamente divulgada pelo próprio exército em suas redes sociais.
- Evidências mostram que "terroristas", inclusive, estrangeiros, criam tentáculos na sociedade, e treinos armados p/tomada de poder. Mostra-se necessário lembrar as palavras do José Dirceu, que em 28 de setembro de 2018, em entrevista ao jornal El País, disse: "Vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar a eleição"
Um evento dessa natureza, implícito no próprio contexto, depende de um passo errado de uma das partes.
Por isso, o governo anda tateando todo o terreno que trafega, em meio às armadilhas e artimanhas da oposição. Altamente explosivas, minas estão espalhadas por toda parte.
Todo cuidado, ainda é pouco!
Alexandre Siqueira
Jornalista independente - Colunista Jornal da Cidade Online - Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo..., da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Visite:
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