Em debate no Senado, Rodrigo Constantino ataca OMS e acusa hipocrisia da imprensa no tratamento à China

16/06/2020 às 10:58 Ler na área do assinante

Considerado uma das raras vozes a remar contra a maré na grande imprensa brasileira, o economista e colunista político Rodrigo Constantino tem uma certeza: enquanto veículos de imprensa de todo o mundo tentam passar pano para os erros e omissões cometidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o regime ditatorial chinês avança em sua tentativa de impor aos países democráticos o que Constantino chama de globalismo chinês.

Falando a deputados e senadores em evento promovido pelo Interlegis, think tank do Senado Federal, o economista comentou a reação dos governos à pandemia de coronavírus, criticou o trabalho da grande imprensa e elencou erros da OMS que teriam atrasado ou dificultado a resposta global no combate à pandemia.

“A pandemia só foi assim considerada pela OMS mais de 100 dias depois do primeiro caso confirmado em Wuhan. Temos vários equívocos da OMS desde o começo. Ela não recomendou o uso de máscara, depois voltou atrás; ela demorou a condenar viagens no mundo todo; ela suspendeu uma pesquisa com hidroxicloroquina com base em um estudo absolutamente fajuto e frágil, publicado na revista Lancet e que acabou sendo desacreditado. Temos uma tragédia de erros ao longo dessa pandemia inteira cometidos pela OMS e tudo isso alimenta a tese de que a entidade deixou de se guiar pela ciência e passou a ser um puxadinho do regime chinês”, disse.

Na visão de Rodrigo, está em curso uma espécie de experimento do globalismo chinês – movimento descrito pelo economista como uma “degeneração” da globalização.

“É quando um país, em vez de ter uma economia de livre de mercado, passa a ter um capitalismo de Estado, com grandes grupos (empresariais) mancomunados, em parceria com o Estado. Aquilo que vimos na era petista, usando o BNDES para adotar a política de campeões nacionais, para turbinar grandes grupos. É isso a nível global.”

Esse movimento, diz Constantino, ocorre com a benção dos grupos de comunicação da grande imprensa, que na avaliação dele se propõem a fazer um trabalho que “muitas vezes” mais parece de assessoria de imprensa da ditadura chinesa.

“A China é hoje a maior ameaça geopolítica ao mundo livre. Daí a importância de a gente ter clareza moral do que estamos enfrentando. Assim como na Guerra Fria, existia um lado que defendia valores ocidentais, a democracia representativa, a liberdade de expressão, a proteção ao indivíduo e a propriedade privada. Do outro lado, estava a ditadura comunista, coletivista. Hoje, nós temos algo muito parecido em curso. Por isso, é fundamental que a gente entenda isso para reagir”, diz.

Explicando que há valores que nós, como sociedade, não podemos abandonar. Ele encerra:

“Pragmatismo é importante, sim. Mas pragmatismo tem limite. É verdade que a China é o nosso principal parceiro comercial, mas o segundo maior parceiro comercial é os EUA, e isso nunca impediu que muita gente na política, na mídia, atacasse os Estados Unidos, inclusive com muita virulência. É importante que fique claro que os chineses precisam continuar comendo. Só que não podemos, a troco dessa relação, nos transformar numa espécie de província da ditadura chinesa”.
da Redação
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