Como está difícil desfazer todo o aparelhamento estatal deixado pela esquerda!
Luta-se contra inúmeros servidores públicos, empresas interesseiras, escolas, universidades, órgãos públicos, grande imprensa, oligopólios, empresas estatais e diversas outras entidades, inclusive infiltrados dentro dos ministérios e secretarias do próprio Poder Executivo Federal, os quais se valeram do dinheiro público e sofreram verdadeira lavagem cerebral durante o período petista como estratégia para manter a elite do setor público e seus subordinados em berço esplêndido pagos a duras penas pela iniciativa privada da mesma forma que acontece nos retrógados países socialistas.
Medidas como a reforma da previdência, que foi uma conquista sem precedentes, projetos de lei das reformas tributária e administrativa que advirão, também a redução na burocracia das Normas Regulamentadoras trabalhistas (NR’s), fim do adicional de 10% sobre a multa do FGTS, redução do número de ministérios, fechamento de estatais deficitárias, melhorias significativas na infraestrutura rodoviária e de logística, encerramentos de embaixadas desnecessárias na África e no Caribe e inúmeras outras medidas que já foram tomadas para enxugamento da máquina pública e para o progresso produtivo ainda não surtiram o efeito esperado e mantêm diversos integrantes da iniciativa privada com pensamentos e condutas favoráveis à esquerda estatizante, o que é no mínimo antagônico.
Como frase de impacto em sua campanha, o Presidente pregou com todas as letras, em alto e bom som “MENOS BRASÍLIA E MAIS BRASIL”, o que significa, para aqueles que ainda não entenderam, reduzir o gigantismo do Estado (Brasília) e devolver às pessoas (Brasil) a liberdade de empreender sem os obstáculos burocráticos estatais para que a sociedade realize seus projetos produtivos como forma de colocar em prática seus sonhos em prol de todos os brasileiros.
Objetivo este que funciona em qualquer outro país do planeta Terra, com a nossa exceção, infelizmente, e de outros exemplos vermelhos como Venezuela, Cuba e Coreia do Norte, sendo que a China não se inclui nesse rol por adotar uma política capitalista em seu mercado produtivo.
Portanto, cabe a nós ensinarmos e propagarmos, principalmente àqueles que integram a iniciativa privada (patrões e empregados), que a finalidade do governo atual é de, repita-se à exaustão: conferir liberdade às pessoas para que voltem a produzir, montar suas empresas e realizar seus sonhos e projetos em favor de todo país, sem os freios do Estado.
Caso isso não aconteça, vale alertar que o Estado prevalecerá e a sociedade produtiva sucumbirá, o que nos levará no mesmo sentido da Venezuela.
Depois, não adianta chorar.
Renato L. Trevisani
Advogado da área empresarial em São Paulo. Autor do livro “O Estado contra o Setor Produtivo – O principal conflito no Brasil.”