OMS pede desculpa pelos desdobramentos noticiados de avanços e retrocessos normais no processo científico, que acabam parecendo confusos ao público
07/06/2020 às 15:10 Ler na área do assinanteAtualização 18/06/2020 às 18:16.
Originalmente divulgamos que o diretor da OMS, Mike Ryan, havia pedido desculpas publicamente pelos 'erros controversos' acerca da hidroxicloroquina, posteriormente corrigimos a informação, pois constatamos que na realidade tratava-se de um pedido de desculpas pelos desdobramentos noticiados diariamente de avanços e retrocessos normais no processo científico, que acabam parecendo confusos ao público.
Na sexta-feira, 5, a Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu desculpas pelos desdobramentos que são noticiados diariamente, que para o público leigo, 'avanços e retrocessos' normais no processo científico, podem parecer confusos.
“Nos desculpamos coletivamente pela imagem de confusão que os estudos podem dar, mas é preciso seguir evidências científicas e garantir que as pessoas que entram nestes testes clínicos o façam de forma segura, que se dê prioridade ao bem-estar delas”, disse o diretor-executivo para Emergências da OMS, Mike Ryan, em entrevista coletiva.
E prosseguiu:
“Acontece muito raramente, mas quando uma publicação identifica que um artigo é questionável, faz o correto ao retirá-lo.”
No final de maio, o Órgão havia suspendido os testes com o a hidroxicloroquina, depois que a revista científica “The Lancet” publicou uma pesquisa que havia considerado o medicamento ineficaz contra a Covid-19 e perigoso.
Recentemente, a Revista se retratou e a matéria já foi apagada pelos autores.
A chefe de estudos científicos da OMS, Soumya Swaminathan, afirmou que alguns erros é “algo normal”, mas, no caso da hidroxicloroquina, o caso está sendo acompanhado mais de perto pela opinião pública, devido à pandemia.
“É um processo científico habitual, obter diferentes resultados, em diferente testes. A comunidade científica, normalmente, requer mais de um teste para confirmar os efeitos”, salientou Soumya.
Fonte: Jovem Pan