A maior ironia da história da humanidade acaba de acontecer com os violentos protestos do “antifas”, organização pretensamente “antifascista”, nascida na União Soviética, logo após a Revolução Bolchevique, liderada por Lenin, em 1917, e “renascida” nos Estados Unidos, em 2011, com a “Occupy Wall Street”, quando esses grupos ocuparam o centro financeiro de Nova York, fazendo diversas exigências, e mais recentemente, reativada em 25.05.2020, com a morte, por asfixiamento, de um negro, George Floyd, no Minnesota-USA, por um policial branco, episódio esse usado como pretexto para os revides violentos do “antifas”.
O líder da “Occupy Wall Street”, em 2011, Mark Bray, acabou sendo considerado o “papa” “antifa”, escrevendo o livro “Antifas: O Manual Antifascista”.
Poucos dias após os lamentáveis episódios de Minnesota, a “coisa” acabou repercutindo no Brasil, como acontece com quase tudo que se passa no mundo e que não presta.
O “antifas” tupiniquim, imitando os acontecimentos dos Estados Unidos, resolveu também sair às ruas e perturbar a ordem pública, tumultuando mobilizações pacíficas organizadas por apoiadores do Presidente Jair Bolsonaro, num verdadeiro e violento atentado à democracia
Mas numa milagrosa “mutação”, o “antifas” atual em nada mais lembra os antifascistas que dedicaram as suas vidas para combater o nazismo de Hitler, e o fascismo de Mussolini, que acabaram sendo incorporados, ”de corpo e alma”, pelo atual “antifas”.
Somente um estúpido poderia aplaudir o fascismo, com sua glorificação do Estado, esmagando as liberdades individuais, com propostas eugenistas e racistas. Mas, paradoxalmente, a que se propõe o “antifas”de hoje?
Apesar do “antifas” condenar o fascismo como principal objetivo “de vida”, no fundo ambos são “iguais”. Do mesmo modo que o fascismo, o “antifas” glorifica o Estado e prega a supressão das liberdades individuais e da democracia, sendo radicalmente anticapitalista.
Na verdade o “antifas” nega a validade da democracia e enxerga a violência como o melhor caminho para se fazer justiça. É por isso que o “antifas” de hoje nada têm a ver com os heróicos antifascistas que combateram o nazismo e o fascismo nas décadas de 30 e 40.
Hoje eles são uma “mistura”, uma complexa “fusão”, dos fascistas com os comunistas.
Após o nascimento do “antifas”, na União Soviética, em 1921, seu primeiro objetivo foi a implantação do comunismo na Alemanha, que tinha o segundo maior partido comunista do mundo, só atrás da União Soviética.
Mas de tudo mesmo o que mais impressiona é a ousadia do “antifas”, de origem comunista, de tripudiar o fascismo.
Comparado ao comunismo, origem do “antifas”, que assassinou cerca de 100 milhões de pessoas por onde passou, desse total 25 milhões na União Soviética, e 65 milhões na China do Partido Comunista, de Mao-Tsé Tung, e também ao “nazimo” de Hitler, relativamente ao “holocausto” de 6 milhões de judeus, os assassinatos do regime fascista foram na casa dos “milhares”, e não dos milhões, como na China, na Rússia, e na Alemanha nazista.
Como pode, então, um bandido “maior”, o bandido comunista, condenar um bandido “menor”, o bandido fascista? Que “moral” tem ele?
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado, sociólogo, pósgraduado em Sociologia PUC/RS, ex-advogado da antiga CRT, ex-advogado da Auxiliadora Predial S/A ex-Presidente da Fundação CRT e da Associação Gaúcha de Entidades Fechadas de Previdência Privada, Presidente do Partido da República Farroupilha PRF (sem registro).