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Delação de Tacla Duran é retomada pela PGR e Moro caminha para o seu inferno astral
03/06/2020 às 13:45 Ler na área do assinante
Fotomontagem: Sérgio Moro e Rodrigo Tacla Duran
O estrategista jogou muito mal, quando decidiu abandonar a lei e partir para o jogo político.
Moro virou uma caricatura indecente.
Sua biografia está espatifada.
Achou que podia tudo.
Desmoralizado, desacreditado, acaba de receber um golpe que pode ser fatal.
O procurador-geral da República Augusto Aras retomou a negociação de um acordo de delação premiada com o advogado Rodrigo Tacla Duran, que mira um amigo de Moro.
Duran afirma que pagou a Zucolotto para obter vantagens em seu acordo de delação premiada com a Lava-Jato em 2016.
As tratativas da PGR com os advogados de Tacla Duran tiveram início há três meses, portanto antes do rompimento de Moro com o presidente Jair Bolsonaro.
Um termo de confidencialidade já está assinado, no sentido de que seja formalizada a primeira parte do acordo.
Na negociação da delação, Tacla Duran cita declarações que já fez anteriormente à imprensa e relata ter pago US$ 5 milhões ao advogado Carlos Zucolotto em troca de obter condições favoráveis na negociação de sua delação com a Lava-Jato em 2016, como a diminuição do valor de sua multa, acordada inicialmente em R$ 55 milhões — essa melhoria nas condições não se concretizou, porque o acordo foi recusado pela Lava-Jato. Zucolotto é padrinho de casamento de Moro e amigo próximo dele.
Moro reagiu dizendo-se 'perplexo' e 'indignado' com a retomada da negociação da delação.
Fonte: O Globo