O assassinato do afro-americano George Floyd em Minneapolis (MI), gerou uma onda de revolta que varreu os Estados Unidos. O vídeo onde o policial branco Derek Chauvin sufoca Floyd com o joelho durante longos oito minutos e quarenta e seis segundos viralizou e impactou o mundo.
O ato de covardia e crueldade extrema merece ser punido com todo rigor da lei, o que no estado de Minnesota inclui, eventualmente, a pena perpétua. Ressalto que nos EUA, ao contrário do Brasil, não existem presídios exclusivos para policiais ou militares. Uma vez condenado o ex-agente de segurança tem que se virar com a massa carcerária - um teste tenebroso de sobrevivência.
Porém o que se seguiu a morte de Floyd foi uma fúria incontrolável com saques e depredações que foram de Los Angeles, extremo oeste americano até Nova York na Costa Leste. Passando por Atlanta onde a sede da CNN foi depredada. Atlanta fica a 1.800 km da cidade onde ocorreu o incidente.
A 'extrema imprensa' americana já correu com seus cientistas políticos e antropólogos para condenar o 'racismo inerente a polícia americana'. Mas tanto nos EUA quanto no Brasil quando a grande imprensa defende em uníssono uma posição, você leitor inteligente do JCO, deve se perguntar: será que é isso mesmo?
Como opinião cada um tem direito a sua, vamos ver o que dizem os números. Segundo o jornal Washington Post - o mais respeitado jornal da America - em 2015 morreram 991 pessoas em confronto com a polícia. Desses óbitos, 50% eram...brancos! Apenas 26% eram negros, os 24% restantes eram latinos, orientais, árabes e outras etnias.
Outro dado da pesquisa mostra que a população afro-americana corresponde a apenas 13% da população porém essa mesma população negra corresponde a 72% dos furtos, 57% dos homicídios e 45% dos assaltos a mão armada.
O próprio G. Floyd é parte dessa triste estatística. Quando jovem nos subúrbios de Houston ele se envolveu com a criminalidade: assaltos, posse de entorpecentes até ser sentenciado a cinco anos de prisão por assalto a mão armada. Na noite do incidente, 25 de maio, ele entrou na CUP FOODS e comprou um maço de cigarros pagando com uma nota de 20 dólares.
O atendente achou que a nota era falsa e pediu para que devolvesse o cigarro e o troco; Floyd se recusou mas não deixou o local, ele saiu da loja e se encostou num carro estacionado bem na frente. O atendente seguiu o procedimento e chamou a polícia e a tragédia se desenrolou. A Cup Foods, posteriormente, foi depredada.
Eduardo Negrão
Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.