O PT e as coordenações das campanhas de eleição e reeleição de Dilma alegam que todas as doações recebidas foram legais, devidamente contabilizadas e aceitas pelo TSE. E que outros partidos também receberam da mesma forma.
Há duas questões distintas: uma é o eventual recebimento de doações não contabilizadas, ou seja, 'por fora' ou 'caixa dois'. Outra é lavagem de dinheiro.
A lavagem de dinheiro é um processo de regularizar e um 'dinheiro sujo'. Envolve sempre processos legais. O dinheiro lavado é contabilizado.
O PT encontrou uma forma de contabilizar um dinheiro suspeito. Transformou em doações legais.
O que se levanta agora é se o PT, com as doações legais dos empreiteiros 'lavou o dinheiro' sujo das operações do petrolão?
O Juiz Sérgio Moro diz que sim e mandou amostras acompanhadas de provas de que isso ocorreu. A lavagem de dinheiro envolve a ocorrência do crime antecedente. E esse foi o achaque contra os empreiteiros para que fizessem doações legais, tendo em contrapartida contratos superfaturados na Petrobras.
A partir dai o TSE terá que avaliar não se a doação seguiu os trâmites legais, mas se se constituiu num processo de lavagem de dinheiro. Como teria seguido os procedimentos legais e devidamente contabilizados foram aprovadas anteriormente pelo mesmo TSE. Mas a apuração de que foi uma lavagem de dinheiro só ocorreu agora dentro da sequência da operação Lava Jato. É fato novo.
Ao TSE caberá avaliar se aceita a configuração das doações legais como lavagem de dinheiro, conforme afirma o Juiz Sérgio Moro e se essa operação configura crime eleitoral. E se, como tal, justifica a impugnação do diploma de Dilma Rousseff e Michel Temer, como Presidente e Vice-Presidente da República.
Jorge Hori
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Jorge Hori
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