O caso do delegado Paulo Bilynkskyj, a morte de sua namorada e a sordidez das narrativas
21/05/2020 às 07:03 Ler na área do assinanteNENHUM inquérito foi concluído, em relação ao caso do Delegado Paulo Bilynkskyj. O que sabemos, até agora, é que 6 tiros foram disparados, ele foi baleado 3 vezes e sua namorada teve um ferimento fatal.
A sua versão, gravada pouco antes de entrar no centro cirúrgico, é de que, após ver uma mensagem em seu celular, a garota abriu fogo contra ele e, em seguida, se matou. Maiores detalhes virão com a conclusão das investigações.
A imprensa, porém, já criou suas próprias narrativas. A primeira é que o caso foi um FEMINICÍDIO. Afinal, na cabeça dos nossos geniais profissionais do jornalismo, todos com ampla experiência em combate, uma modelo de 27 anos é completamente capaz de reverter o efeito surpresa e reagir contra um agressor armado e treinado, com quase o dobro do seu peso, baleando-o 3 vezes antes de ser morta. Lógico!
A segunda, como não poderia deixar de ser, é que a culpa é das armas e que nada teria acontecido se o DELEGADO DE POLÍCIA fosse um desarmamentista. Provavelmente terminariam a briga abraçados, cantando "Imagine".
Em 2010, acompanhei um caso, aqui na minha cidade, onde um homem flagrou a esposa trocando mensagens no "MSN" com o suporto amante. Matou-a com golpes de BOTIJÃO DE GÁS.
Em 2018, em Itatiba-SP, um homem matou o amante da namorada com golpes de violão.
Podemos buscar outros trocentos exemplos. Os irmãos Cravinhos usaram marretas para matar os pais de Suzane Von Richthofen; Alexandre Nardoni jogou sua filha da janela do 6º andar; Champinha decapitou Liana Friedenbach com um facão cego; Farah Jorge Farah só precisou de uma faca para matar e esquartejar sua amante.
ARMAS NÃO MATAM PESSOAS. PESSOAS MATAM PESSOAS.
Chega a dar nojo o quanto a mídia usa toda e qualquer tragédia como palanque político; como se não fossem eles os primeiros a incentivar a impunidade, com a militância canalha em prol dos "direitos humanos".
Ao Dr. Bilynkskyj, estimo melhoras e pronta recuperação.
Felipe Fiamenghi
O Brasil não é para amadores.