Entrevista com o prefeito de Mirandópolis, o homem que desafiou o autoritarismo de João Doria (veja o vídeo)
20/05/2020 às 12:34 Ler na área do assinanteO prefeito de Mirandópolis, Everton Sodario, fala sobre as atitudes que tem tomado em prol da população da cidade.
De forma corajosa, enfrentando inclusive pressões do governador João Doria, ele assinou portaria autorizando o uso da hidroxicloroquina e azitromicina no combate ao vírus chinês.
O prefeito também publicou decreto flexibilizando a abertura do comércio local.
“João Doria só dialoga com o prefeito, quando o prefeito contraria ele. Quando eu contrariei João Doria, e soltei o primeiro decreto flexibilizando a abertura do comércio local, imediatamente o secretário de estado me ligou, assessor do Doria veio aqui na cidade... Só para você ter uma ideia, o Ministério Público me mandou uma recomendação administrativa e tinha prints das minhas postagens em redes sociais, contra o isolamento, e a recomendação dizia: ‘Prefeito, abstenha-se de fazer postagens em redes sociais’. Isso é inadmissível! O João Doria parece o Fidel Castro paulista”, ressaltou o prefeito.
Ele também criticou duramente o uso político que estão fazendo do vírus chinês:
“Acho que o momento não é para ficar discutindo política, o momento é de salvar vidas. Não resta dúvida que o coronavírus é grave, que se abateu sobre o mundo, mas temos que seguir bons exemplos, países que estão zerando a ocupação de leitos hospitalares, usando a hidroxicloroquina e azitromicina”, destacou.
Para Sodario, há uma tendência, por parte do governo do estado de São Paulo, de amedrontar a população.
“Dizem: ‘Olha, não podemos usar a cloroquina, porque não tem estudo científico...’. Mas, espera, estamos em uma guerra, a gente sabe se ficar atirando com nossa arma, nosso inimigo não está morrendo, então vamos pegar a pedra, a madeira que a gente viu no chão... Outros países e estados estão usando a hidroxicloroquina e temos relatos e mais relatos que ela começou a salvar vidas. Aí fica a pergunta, por que não utilizar? Parece que há todo um cenário político para não utilização do medicamento. Parece que se tem um interesse corporativo em aumentar o número de óbitos”, alertou o prefeito.
da Redação